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CARA DE PAU

Governo Trump desmente Eduardo sobre viagem de funcionário ao Brasil

 

UOL

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O governo de Donald Trump desmentiu a versão dada por Eduardo Bolsonaro de que um americano seria enviado ao Brasil para tratar de sanções contra autoridades brasileiras. Além disso, o UOL revelou que a viagem anunciada por Eduardo Bolsonaro de um funcionário do governo Trump já havia sido organizada pelo próprio governo brasileiro e tem como objetivo estabelecer uma cooperação entre os dois países no combate ao crime organizado.

Desde sexta-feira, o deputado licenciado vem anunciando que David Gamble, coordenador do escritório de sanções do Departamento de Estado, estaria viajando ao Brasil para tratar de medidas que a Casa Branca estaria supostamente pensando em adotar contra o ministro Alexandre de Moraes e outras autoridades brasileiras.

A versão do governo americano foi outra. "O Departamento de Estado dos Estados Unidos enviará uma delegação a Brasília, chefiada por David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções. Ele participará de uma série de reuniões bilaterais sobre organizações criminosas transnacionais e discutirá os programas de sanções dos EUA voltados ao combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas", diz a assessoria de imprensa da embaixada dos EUA no Brasil.

O que o filho do ex-presidente também não revelou é que a viagem faz parte de uma agenda oficial de cooperação entre Brasil e EUA. Gamble tem agenda no Itamaraty, Ministério da Justiça e outros órgãos federais. Nos últimos dois meses, a aproximação entre Brasil e EUA foi intensificada com contatos entre ministérios e até uma missão da Polícia Federal, principalmente diante da ação da Casa Branca contra gangues estrangeiras.

Em abril, a direção internacional viajou até Washington e assinou um acordo com os americanos para ampliar a luta contra o crime organizado, o que prevê a troca de informações entre os dois países. O anúncio foi feito com destaque pelo próprio governo Trump. Ainda em março, a polícia americana anunciou a prisão de 18 brasileiros, sob a suspeita de participar de ações do PCC em território americano.

Sanções continuam a preocupar

Ainda assim, o governo brasileiro viu com desconfiança o anúncio do bolsonarista e procurou o Departamento de Estado para saber se a visita oficial teria desdobramentos para além da agenda que o americano teria com o governo. Nos EUA, Eduardo Bolsonaro tem se dedicado a articular uma ação do governo Trump contra autoridades brasileiras, tendo em vista a eleição de 2026 no país. A esperança dos bolsonaristas é de que a Casa Branca adote sanções da mesma forma que realizaram contra o procurador-geral do Tribunal Penal Internacional, conforme revelado pelo UOL nos primeiros dias do governo Trump.

Em Brasília, a postura do governo é a manter o diálogo com o governo Trump em todas as áreas de potenciais conflitos, como imigração e comércio. O Brasil não anunciou retaliações contra os americanos e, em reuniões na ONU e na OMC, vem adotando uma postura moderada. O objetivo é o de desmontar potenciais zonas de conflito entre os dois países, evitando dar justificativas para que Trump inclua em sua agenda política considerações apresentadas pelo bolsonarismo.

Mesmo assim, no governo, a percepção é de que se eventualmente uma sanção contra Alexandre de Moraes for estabelecida, o Brasil teria de reagir, já que se trataria de um ataque contra as instituições do país. Eduardo Bolsonaro, enquanto isso, busca a base mais radical do trumpismo no Congresso americano para vender a ideia de que o país viveria uma suposta ditadura. Suas visitas são acompanhadas por Paulo Figueiredo, neto do ex-ditador João Figueiredo.





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Comentários (5)

  • Carlos Nunes

    Segunda-Feira, 05 de Maio de 2025, 13h17
  • Não esperava por essa. A gente passa dia e noite aqui tentando defender eles e daí me fazem uma cagada dessas? Lamentável
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  • MARIA AUXILIADORA

    Segunda-Feira, 05 de Maio de 2025, 12h39
  • É crível que o bananinha chapeiro bolsonaro espalhe esse tipo de fato falso. O que não aceitável é que alguém com dois neurônios em franca atividade acredite que um governo estrangeiro pode interferir nas decisões judiciais de países soberanos e com instituições fortes como o Brasil. Quem acreditou nessa cantilena de velha carpideira peculiar aos bolsonaristas é muito burro e não há cura em curto prazo.
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  • Jordi aquele pequeno poney

    Segunda-Feira, 05 de Maio de 2025, 11h31
  • Os "patriotas" cegos por sua raiva, são assim; fazendo de tudo para ferrar com o país dele "que tanto ama". Sempre jogando contra o Brasil em prol de seus interesses particulares.
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  • Jordan

    Segunda-Feira, 05 de Maio de 2025, 11h30
  • O que "patriota" escreve, não se pode levar como verdade, pois o normal do bolsoNazismo é mentir!
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  • O CRITICO

    Segunda-Feira, 05 de Maio de 2025, 10h35
  • Vagabundo, conspirador antipatriota, deve ser preso por crime contra a pátria. É bem da indole desse vagabundo fazer fake news. deve ser preso, conspirador.
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