Augusto da Silva, entregador de 50 anos, descobriu por acaso que estava oficialmente morto desde 2020, ao menos nos registros da Receita Federal. A surpresa veio quando tentou declarar o Imposto de Renda e percebeu que seu CPF estava cancelado por óbito.

Morador de Foz do Iguaçu (PR), Augusto vinha usando normalmente o documento nos últimos anos: movimentava conta bancária, fazia Pix, entregava declarações anuais. Nada indicava que havia algo errado.

O CPF cancelado bloqueou seu acesso a serviços bancários e poderia impedi-lo também de conseguir empréstimos, benefícios sociais ou se inscrever em concursos públicos. Após procurar atendimento na Receita Federal, ele conseguiu resolver o problema apenas em 29 de maio, um dia antes do prazo final para a entrega da declaração.

Casos como esse não são frequentes, mas acontecem. O CPF pode ser cancelado em situações de falecimento, fraude ou erro cadastral. Para evitar surpresas, a Receita orienta que a consulta da situação cadastral seja feita periodicamente pelo site do órgão. A regularização pode ser feita online ou presencialmente em cartórios e agências autorizadas.