O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, afirmou hoje (2) que é contra a proposta de o proprietário de veículos passar a contribuir com o financiamento do transporte público. Segundo o ministro, a ideia é complexa e difícil de ser administrada, já que o brasileiro está no limite de suas contribuições, e esse tributo incindiria sobre praticamente todas as pessoas. “Pode-se criar outras formas de financiamento do Poder Público para o transporte, mas não tributando o cidadão, que já está além de suas possibilidades”, disse Kassab, após participar da abertura do Seminário Nacional NTU 2015 e Transporte Público, com o tema Prioridade ao Coletivo para uma Mobilidade Sustentável, na capital paulista.

A proposta foi uma das reivindicações colocadas pelo presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos, organizadora do seminário, Otávio Vieira da Cunha Filho.

Kassab disse que ainda não sabe como será o orçamento de sua pasta em 2016 e que é preciso aguardar a aprovação dos valores pelo Congresso Nacional. “No nosso ministério não haverá corte, haverá deslizamento e alterações nos prazos de entrega dos projetos.” De acordo com o ministro, o que for reduzido neste ano poderá ser compensado posteriormente.

Sobre a possibilidade de o Ministério das Cidades recompor valores de obras devido à inflação, Kassab esclareceu que tudo será feito dentro do que prevê a legislação. “A lei permite, em alguns casos, reequilíbrio de contratos e valores. O importante é que sempre seja respeitada a licitação. São projetos de interesse público, portanto, não tem por que o governo não entender".