Mundo Quarta-Feira, 23 de Junho de 2021, 23h:02 | Atualizado:

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CAOS PANDÊMICO

Mortos e pacientes dividem leito de hospital

 

G1

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O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) informou, nesta quarta (23), que está investigando a presença de cadáveres dentro de sacos plásticos, ao lado de doentes, no Hospital Getúlio Vargas (HGV), no Recife. A denúncia foi feita pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem (SatenPE), que enviou vídeos ao G1, na terça (22).

Por meio da assessoria de comunicação, o MPPE informou que a Promotoria de Saúde da Capital recebeu a denúncia do sindicato e que “vai proceder a apuração” do caso. O MPPE disse, ainda, que não é possível informar quanto tempo vai durar a investigação. Ainda de acordo com a assessoria de comunicação do Ministério Público, isso “depende das evidências”.

As imagens mostram os sacos colocados sobre uma maca e um cama, na Unidade de Trauma do Getúlio Vargas, na Zona Oeste da capital, um dos maiores hospitais públicos do Grande Recife. O vídeo foi feito na madrugada de segunda (21), pelo presidente do sindicato, Francis Herbert, durante uma inspeção realizada por representantes da categoria.

Segundo a entidade, a vistoria aconteceu por causa de queixas de trabalhadores sobre a superlotação de áreas do hospital e de falta de condições de atendimento na unidade. Herbert gravou um vídeo e narrou o que encontrou na inspeção no Hospital Getúlio Vargas. Segundo ele, a Unidade de Trauma do HGV estava ”superlotada”.

Ainda de acordo com ele, os trabalhadores estão sobrecarregados e não conseguem fazer a remoção dos cadáveres, pois “tem que cuidar das pessoas que estão vivas”. Herbert afirmou que passou mais de meia hora na Unidade de Trauma. Durante esse tempo, os corpos ficaram no mesmo ambiente dos doentes e onde os trabalhadores atuavam normalmente.

O sindicalista observou que não teve como conversar com os demais pacientes, mas acompanhou as reações deles, diante da presença dos cadáveres. Herbert declarou que as pessoas estavam “apavoradas” com a situação.

Na terça, o governo informou que “a remoção do corpo é realizada de forma adequada, utilizando material específico (saco de transporte), respeitando todos os critérios de manejo de corpos para que o procedimento seja feito com segurança pelos profissionais de saúde".

 





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