O policial civil Rogério de Almeida Felício, conhecido como "Rogerinho Punisher", foi preso na manhã desta segunda-feira, 23, após se entregar em uma delegacia de Santos, no litoral paulista. Ele era procurado pela Polícia Federal por suspeita de corrupção e envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). 

Ao Terra, a Secretaria de Segurança Pública, a rendição aconteceu após a defesa de Rogério ter chegado em um acordo para que ele se entregasse. A prisão faz parte da operação Tacitus da PF, ação que tem como objetivo desarticular organização criminosa voltada à lavagem de dinheiro e crimes contra a administração pública (corrupção passiva e ativa).

No último dia 17, a PF cumpriu 8 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba. Um delegado e mais três policiais civis foram detidos. 

“A investigação partiu da análise de provas que foram obtidas em diversas investigações policiais que envolveram movimentações financeiras, colaboração premiada e depoimentos. Tais elementos revelaram o modo complexo que os investigados se estruturaram para exigir propina e lavar dinheiro para suprir os interesses da organização criminosa”, disse a PF em nota à imprensa. 

Segundo informações da TV Globo, Rogério era agente de telecomunicações da PC de São Paulo e também fazia “bicos” como segurança do cantor Gusttavo Lima. Ele é um dos policiais denunciados por Vinicius Gritzbach, que foi morto a tiros no aeroporto de Guarulhos em novembro. 

O Terra entrou em contato com a assessoria de Gusttavo Lima para que pudesse comentar o caso. Ainda não obtemos retorno. 

Em nota, a Polícia Civil ressaltou que é uma instituição legalista e não compactua com desvios de conduta. “A força-tarefa criada para investigar o homicídio ocorrido no Aeroporto Internacional de Guarulhos segue em diligências para esclarecer o caso, e as corregedorias das polícias Civil e Militar colaboram com as apurações para que todos os agentes envolvidos sejam punidos conforme a lei”, disse. 

A Balada Eventos, escritório que administra a carreira do cantor Gusttavo Lima, esclareceu em nota que Rogerio de Almeida Felício prestou serviços em alguns eventos (shows) como integrante da equipe de segurança do artista. No entanto, só tomou conhecimento sobre a operação no dia 17. 

"Esperamos que todos os fatos sejam devidamente esclarecidos perante a autoridade policial que preside a investigação", afirmou a empresa.