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NÃO É PIADA!

Prefeito vira alvo do MP por chamar vereadora de "Tchutchuca"

Parlamentar denunciou o gestor por crime de violência política de gênero

TERRA

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prefeito-tchutchuca, bruna biondi

 

José Auricchio Júnior (PSDB), prefeito de São Caetano do Sul, município na região metropolitana de São Paulo, chamou uma vereadora de "tchutchuca" e "agressiva" em um evento de prestação de contas, na última segunda-feira, 20. Ele virou alvo de uma denúncia no Ministério Público de São Paulo (MPSP).

Durante o evento, José Auricchio disse, sem citar nomes, que uma parlamentar "gosta de mentir". "Aliás, este parlamentar ou esta parlamentar, ela gosta de mentir. Ela já mentiu em outras situações. É valente comigo, me xinga quando tem a oportunidade de falar com repórter. Quando vai no jornal, lá ela vira uma tchutchuca. Agora, quando está individualizada, é agressiva", disse ele.

Segundo Bruna Biondi (PSOL), uma das duas únicas vereadoras mulheres da Câmara Municipal, o prefeito estava se referindo a ela no evento. "Esse é mais um episódio de violência política de gênero tão presente na nossa cidade. Nenhuma mulher deveria ser chamada de 'tchutchuca' por exercer o seu trabalho", disse ela em vídeo.

Bruna, apoiada pela deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL), denunciou o prefeito pelo crime de violência política de gênero no Ministério Público. A denúncia, agora, precisa ser aceita pelo órgão.

"Este é um grave ataque de violência política de gênero sofrido pela vereadora, ao lado de tantos outros que já enfrentou, por ser uma vereadora de oposição numa cidade comandada por conservadores. Bruna também foi acusada por José Auricchio de ser raivosa e agressiva", diz postagem de Sâmia em colaboração com Bruna, no Instagram.

O Terra NÓS entrou em contato com o prefeito José Auricchio Júnior e aguarda retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

Violência de gênero

O crime de violência política de gênero é descrito no art. 326-B do Código Eleitoral como "assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidatas a cargo eletivo ou detentora de mandato eletivo, com a finalidade de impedir ou dificultar a sua campanha eleitoral ou seu mandato eletivo, com menosprezo ou discriminação em relação a seu gênero, cor, raça ou etnia". A pena é de 1 a 4 anos de reclusão e multa.

 

 

 

 

 

 

 





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