O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou nesta quarta-feira dois requerimentos que questionavam a criação das comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para investigar a Petrobras, abrindo caminho também para apurar fatos que envolvam governos do PSDB e do PSB. Entretanto, Renan deixou a palavra final para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que definirá qual será o rumo das investigações.  

Ontem, requerimentos para criação de duas CPIs da Petrobras foram lidos no plenário do Senado, uma de autoria da oposição, com objetivo de investigar irregularidades na estatal entre os anos de 2005 e 2014, e outra do governo, que inclui a empresa brasileira, denúncias de cartel no Metrô de São Paulo e do Distrito Federal, supostas irregularidades no porto de Suape, em Pernambuco, e outros temas.

Contra a CPI da oposição, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) apresentou um pedido de impugnação alegando que o requerimento tinha temas desconexos, ligados apenas pelo nome da Petrobras. O líder do PSDB, Aloysio Nunes (SP), questionou a CPI do governo, por entender que o Senado não poderia investigar matérias pertinentes aos Estados.