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Sindicato denuncia a Globo no Ministério Público do Trabalho

 

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O Sindicato dos Artistas do Rio denunciou a TV Globo ao Ministério Público do Trabalho, após não obter nenhum retorno sobre o dossiê enviado ao Compliance da emissora em agosto deste ano. No documento, o Sated-RJ falou a respeito de uma “panelinha” que estaria acontecendo na contratação de atores para as novelas do grupo.

“O comportamento do Sr. Francisco Acciolly tem se mostrado incompatível com o código de conduta empresarial. Este sindicato vem recebendo sucessivas denuncias de profissionais que são preteridos nas escolhas de elenco de diversas produções e substituídos pelos integrantes do cash artístico agenciado pela empresa Santo Expedito”, diz um trecho da denúncia obtida com exclusividade pela coluna.

Como esta coluna já havia revelado, a Santo Expedito tinha como sócio Francisco Acciolly, que também era preparador de elenco da Globo. Acciolly chegou a ser contratado para outro cargo fixo na emissora e deixou de agenciar atores, segundo a atual proprietária da agência, Anna Luiza Paes de Almeida. No entanto, de acordo com o dossiê do Sindicato dos Artistas, a “panelinha” entre a empresa e o elenco de produções da Globo continua.

Ainda segundo o Sated-RJ, as contratações de atores do cash da empresa se destacam ainda mais quando se observa a parceria entre Francisco Acciolly e o diretor José Luiz Villamarim. Isso seria possível observar em produções como Justiça, Amores Roubados, Amor de Mãe e Pantanal, que contam com artistas agenciados pela Santa Expedito.

Atores como Jesuíta Barbosa, Julia Dalavia, Duda Batson e Sophie Charlotte são alguns dos agenciados pela empresa.

À coluna Fábia Oliveira, o presidente do Sindicato dos Artistas do Rio, Hugo Gross, afirmou que, diante da situação, a instituição decidiu acionar o MPT, através do advogado Rafael Peixoto.

“A resposta foi que não viram nada. Mas os atores que são perseguidos, que ligam aqui pro sindicato, são muitos. Isso tem que ser combativo. Nós ingressamos com uma denúncia no Ministério Público do Trabalho, pra ter uma transparência ao trabalhar”, explicou ele.

Hugo Gross ainda pontuou sobre o contato que fez recentemente com um assistente de direção.

“Eu fiz contato com um assistente de direção, o Igor Rodrigues, que havia convocado para dar um curso. Eu prontamente liguei para ele e perguntei se ele não achava isso desleal. Ele me respondeu que falou com o diretor acima dele e disseram que não tinha problemas. Todos os alunos dele fizeram participação em uma novela da Globo. É desumano. Estamos aqui pra combater isso, combater panela”, disparou ele.

E continuou: “Isso não é nada pessoal. A gente recebe as denúncias e, como instituição, precisamos tomar as medidas. Uma empresa do tamanho da Globo não pode ficar resumida a uma panelinha. Nós vamos continuar combatendo”.





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