O g1 teve acesso às imagens do apartamento de luxo onde Alex Amaro de Oliveira, conhecido como Barba, foi preso durante uma operação da Polícia Civil de Santos, no litoral de São Paulo (veja acima). Conforme apurado pela equipe de reportagem junto à corporação, ele se tornou tesoureiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) após a morte de um criminoso que xingou o senador Sergio Moro.
Durante entrevista coletiva, o delegado titular da 2ª Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), Leonardo Rivau, explicou que a prisão no imóvel localizado no bairro Morumbi, em São Paulo, foi um desdobramento de outras investigações feitas na região da Baixada Santista.
O vídeo mostrou que o apartamento tem uma varanda integrada, cozinha, churrasqueira, sala de estar com lareira, sala de jantar, escritório e um quarto. Ainda é possível ver brinquedos espalhados e portas fechadas para outros cômodos, que não foram identificados.
O único quarto que aparece nas imagens estava bagunçado e tinha um espelho quebrado. Dentro do escritório, Barba estava sentado em uma cadeira, enquanto um policial conferia documentos e diversas caixas de joias e relógios.
"Ele teve uma ascensão, [foi] de dentro de uma comunidade carente para um apartamento de altíssimo valor no Morumbi", contou o delegado. "O que leva a crer também que ele [Barba] acabava pegando dinheiro do crime e utilizando na compra de bens. É uma forma de lavagem de dinheiro".
O delegado contou que, ainda durante a operação, foram apreendidas diversas anotações da contabilidade, que constataram uma movimentação de aproximadamente R$ 50 mil por dia em cada ponto de tráfico de drogas da organização criminosa. Os policiais também descobriram uma central de monitoramento com câmeras clandestinas nas favelas da capital paulista.
Rivau acrescentou que, além das joias e relógios, foram encontrados dois veículos de luxo avaliados em mais de R$ 300 mil cada. O g1 não localizou a defesa de Barba até a última atualização desta reportagem.