Opinião Sexta-Feira, 23 de Janeiro de 2015, 08h:25 | Atualizado:

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Ubiratan Braga

100 dias de Taques?

 

Ubiratan Braga

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A histórica expressão ‘100 dias de Governo’ surgiu por conta das investidas do imperador francês Napoleão Bonaparte. Depois de fugir do exíliona ilha de Elba (Mediterrâneo), em março de 1815, programou, durante este periodo, todas as estratégias para enfrentar várias potências à exemplo de Áustria, Inglaterra, Rússia, Prússia, que queriam removê-lo do trono em Paris, doa-lhe ou a quem doê-lo. Foi considerado um fora da lei e o resultado da guerra na batalha de Watterloo foi trágico. O leitor se lembra de que os britânicos levaram Bonaparte ao exílio novamente, ainda mais longe do continente europeu, na ilha de Santa Helena?. Lá ficou até a morte, em maio de 1821. E se foram mais de três meses de tempo perdido naquela situação. 

Desde o surgimento do mito dos cem dias de governo, nós brasileiros seguimos copiando as ações das vultuosidades, mesmo sabendo dos frágeis finais. Presidente, governadores, prefeitos, gerentes...até criam programas de gestão com a simbologia napoleônica. Muitas vezes os 100 dias são importantes, muitas não. É o nosso caso. 

Será necessário esperar mais de três meses para avaliar sobre a gestão passada e depois criar novas estratégias para o compromisso  com o povo de Mato Grosso? Acredito que já passou do tempo de agir. Mas pelo visto com a moratória Taquesiense de 90 dias está bem próxima dos 100 Napoleônico. Estamos a quase 30 dias de gestão e a máquina, já com o óleo queimado, precisa de cuidados urgentes, doutor!

Este Governo, segundo seu imperador e dignitário maior, tem o propósito de transformar. Bingo ! Então por força de minhas intrologias, a considerar o caos em todas as áreas, esse perodo da moratória é extenso, a considerar as auditagens. A considerar sua equipe ser altamente técnica, conforme preceitua Taques, acredito idem. Caso fosse eu o governador, meu slogan seria Horacitamente: Carpie diem! Ou seja, aproveitaria o momento para promover as transformações necessárias, em que pese o os atuais números e o orçamento só abrir sabe-se lá quando.

Doutor, minha marcha, com passos rápidos e largos, iriam ao interior verificar que as panelas vazias da guerra passada continuam lá, que os catarros das crianças continuam jorrando, que os empresários choram com as altas cargas tributárias via decreto e mais decretos, que a Capital parece ter vida própria, que a expectativa de sobrevivência do agricultor familiar esbarra no poder dos grandes latifundiários, que as politicas de moradia encontram-se de portas fechadas (mesmo tendo sido construído o maior programa habitacional das últimas décadas), que um novo empreendedor tem medo de abrir um estabelecimento, que os legisladores pensam em caminhar consigo, que os tiros das armas dos bandidos em todos os cantos são silenciosos e fatais, que a falta do emprego colabora para a marginalidade, que a decência e a moral devem ser absorvidas com sensibilidade, pois os Napoleões  deste período tem medo de petições, de togados, tem medo até da coisa séria! Mas que são votantes, que colocam qualquer dignitário em qualquer trono. E que, se vossa realeza não quiser perder a batalha futura, planeje para o povo e com ele carpie diem. 

Ubiratan Braga* é jornalista, radialista e publicitário em Cuiabá

 





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Comentários (1)

  • Vin?cius

    Sexta-Feira, 23 de Janeiro de 2015, 08h56
  • Boa!
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