Opinião Quarta-Feira, 02 de Outubro de 2024, 07h:00 | Atualizado:

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Guilherme Alves

A Educação que queremos

 

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Por muitos anos, o tema educação é discutido em campanhas eleitorais, mas raramente vemos propostas sólidas e efetivas serem concretizadas. Porém, neste momento, algo diferente acontece. O Grupo Empreendedor Mato Grosso em Evolução (GEMTE) deu um passo importante ao entregar uma cartilha estratégica de educação aos candidatos à Prefeitura de Cuiabá, feita em parceria com consultores especializados em educação, algo que merece destaque e reflexão.

Trata-se de um plano claro e objetivo, sem bandeiras partidárias, que nasce da sociedade civil, com um único propósito: melhorar a educação municipal. O que o GEMTE fez é um chamado para que a educação seja tratada como prioridade e, acima de tudo, com seriedade.

Ao entregar esse plano, de maneira visionária e responsável, colocamos a educação no centro do debate, com uma proposta que desafia os candidatos a olharem além dos seus projetos e abraçarem a causa mais urgente de todas: a formação de nossas futuras gerações.

A cartilha, composta por cinco pilares e 18 diretrizes estratégicas, não é um mero documento técnico. Ela é a expressão do desejo de transformação de um grupo de cidadãos que enxerga a educação como o caminho fundamental para o desenvolvimento sustentável e consistente de Mato Grosso.

Os cinco pilares - que incluem a valorização dos profissionais da educação, a modernização da infraestrutura escolar, a inclusão digital, a inovação curricular e a gestão eficiente dos recursos educacionais – não são apenas boas intenções, mas ferramentas que mostram que é possível conciliar gestão eficiente com valorização humana e inovação tecnológica. São ações que, quando implementadas, podem transformar o sistema educacional da nossa Capital.

Se há algo que nos últimos quatro anos nos mostrou é que podemos, sim, evoluir. A melhoria de Mato Grosso no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é prova disso. O estado, que ocupava a 22ª posição no ranking nacional do Ensino Médio em 2019, com uma nota de 3,4, saltou para a 8ª posição em 2023, com uma nota de 4,2. Também foram observadas melhorias significativas nos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental.

No entanto, a pergunta que precisamos nos fazer é: isso é o suficiente? A resposta, claramente, é não. Ainda há muito a ser feito, contudo, é um começo muito importante. O que o GEMTE está propondo é uma abordagem que transcende governos e mandatos e propõe uma visão de longo prazo.  

A entrega dessa cartilha é, também, um sinal de que a sociedade civil não pode mais esperar de braços cruzados por soluções. O GEMTE lembra de algo fundamental: a educação é responsabilidade de todos nós. Quando a iniciativa privada e os cidadãos se mobilizam em prol de causas coletivas, pressionam os governantes e exigem compromisso, abrem-se caminhos para transformações reais.

Se queremos um futuro onde todos tenham acesso a uma educação de qualidade, é fundamental que se olhe para o tema como prioridade. A evolução que desejamos para Mato Grosso passa, obrigatoriamente, pela educação. Agora, resta saber quem, dentre os candidatos, vai ter a visão de abraçá-la.

Guilherme Alves é diretor executivo do GEMTE





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