Opinião Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 08h:10 | Atualizado:

Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 08h:10 | Atualizado:

Rodrigo Rodrigues

Às favas com Fávaro

 

Rodrigo Rodrigues

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A lei de Murphy diz que quando algo poderá dar errado, dará! 

Já a lei de Millôr Fernandes, diz que de onde você menos espera é de onde você não pode esperar nada mesmo! 

Nessa semana, o ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, engrossou o tom das críticas em relação à gestão de Pedro Taques. Esperneou e esbravejou dizendo que não é nenhum traidor e que tem todo o direito de se candidatar ao governo, mesmo que contra o atual governador. Óbvio que Mauro Mendes, assim como eu ou você que está lendo este artigo, que se enquadra nos pré-requisitos, pode ser candidato ao governo sim! Já quanto à pecha de traidor eu discordo. Tenho uma outra opinião sobre isso! 

Particularmente, tenho uma grande simpatia pelo ex-prefeito, acho ele uma pessoa do bem, sempre tivemos um tratamento respeitável e tenho até uma certa admiração por ele como empresário. Conseguiu se destacar, em determinado  momento, em uma área estratégica e muito disputada, a de antena de celular. Mas, como gestor de Cuiabá, foi de médio para baixo. Apoiou a eleição de Pedro Taques ao governo e, durante três anos, se omitiu. Raras vezes em que ele se manifestava, era para elogiar o atual governo, inclusive, ele indicou várias pessoas de sua confiança para compor o governo. Ele bobeou no momento. Ou como os bacaninhas da FIEMT gostam de dizer, perdeu o timming. Agora, que é um governo em frangalhos, ladeira abaixo, como bom companheiro, Mendes deve agarrar na alça do caixão e deve acompanhar o enterro até o final. Qualquer coisa em contrário, parecerá oportunismo e traição.

Voltando à tese do engenheiro espacial, Edward Murphy, em pleno sábado de Carnaval, surge um áudio, com uma foto de uma colheitadeira em cima de um caminhão, creditado ao vice-governador Carlos Fávaro, esbravejando e destilando raivosas críticas ao governo do qual faz parte. 

Claro, que se comparando com Mauro Mendes, esse Carlos Fávaro não representa nada na ordem política e social do estado. Ao invés de aproveitar o Carnaval e vestir uma fantasia de Carmem Miranda, com uma melancia pendurada no pescoço e ir para a Orla do Porto chamar a atenção, optou por fazer média com meia dúzia de produtores rurais em cima do desgaste do atual governador. 

Obviamente, que deve ter a participação mais uma meia dúzia que lhe incentivou a fazer isso, visando a possibilidade da repercussão, colocar seu nome como um possível sucessor de Pedro Taques. 

Não sei quem é o Pink e não sei quem é o Cérebro. O tiro saiu pela culatra. Essa patetada de oportunismo barato, serviu apenas para que nós tivéssemos o mínimo de conhecimento de quem é esse morfético vice do Pedro Taques. Isso é um tipo de traição vil e covarde. Se bem que ninguém nunca esperou nada do senhor Fávaro. Foi Secretário de Estado de Meio Ambiente e não produziu nada de relevante, um verdadeiro fiasco.

Bom, se o vice não representa nada no contexto político, e sabemos que o cargo de vice é uma mera figuração, ainda mais se tratando desse sujeito, claro que estou me referindo à regra, pois houve vices que já assumiram o poder e fizeram grande diferença nesse país - isso é a exceção. E voltando a regra, esse passou três anos sentado no banco, não indo sequer para o aquecimento, e finalizará o último ano sem pisar no gramado.  Para que então, perder tempo escrevendo sobre esse sujeito? 

Para nos lembrar que ele é uma bandeira fincada no Paiaguás, que representa um grupo de pseudo-políticos-empresários ou pseudo-empresários-políticos, que há dezesseis anos, implantou um modelo de gestão excludente, que volta toda a sua energia e políticas públicas para atender um só segmento, deixando de fora noventa por cento da população.  Para ser mais claro, é como se Mato Grosso fosse uma prostituta que estivesse pagando para ser fodida. E, como não poderia ser diferente, numa inversão da lógica, enriquecesse os poucos e felizardos clientes seus. Levando à falência a própria senhora de "vida fácil”, a cafetinagem e todos aqueles que não fazem parte da sua seleta e privilegiada clientela, que fica literalmente "na mão”, ou seja, a maioria absoluta dos mato-grossenses.     Este modelo foi inaugurado em primeiro de janeiro de 2003, tendo na cabeça Blairo Maggi, que elegeu Silval Barbosa, condicionando a manutenção desse sistema pervertido. Na sequência, elegeram Pedro Taques, que além de manter, até ampliou o modelo. 

O alerta é que a reeleição de Pedro Taques, é a continuidade do que está aí. E, uma possível candidatura de Mauro Mendes, seria uma continuidade melhorada ou menos pior que a atual.

Já o vice, o Fávaro, que se assanha, seria uma continuidade piorada. 

Então, o próximo governador, tem que ser alguém com capacidade, não só de derrotar Pedro Taques e o plano B e o plano C deste grupo, mas de expurgar, dar um basta, a esse abuso, a esse estupro, que vem ocorrendo em Mato Grosso há quase duas décadas. 

O que podemos tirar de proveito desse áudio, é que ele sintetiza muito bem o pensamento desse grupo que está no poder, ou seja, às favas as escolas, às favas a saúde, às favas a segurança pública. 

Esse negócio de gente morrendo em porta de hospital, de violência desenfreada, salários atrasados, tudo isso é bobagem, crime mesmo e hediondo, é multar um produtor rural por sonegação ou por não ter a devida autorização de transporte. Imagina então, se falar em acabar com bolsa família dos milionários - "incentivos fiscais” - , ai teremos a pena de morte. 

Como disse recentemente o Ministro do STF, Gilmar Mendes, que mandou às favas a modéstia: “não dá para bater palma para maluco dançar”. 

Às favas os Fávaros e esse modelo indecoroso e repleto de sevícias!

Rodrigo Rodrigues, jornalista e gestor público.





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Comentários (5)

  • Trauda Groe

    Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 15h16
  • Gestor público não é profissão cidadão! Você não é gestor de coisa alguma! Gestor você está,não é! E jornalista, tenho minhas dúvidas! *já foi visitar o padrinho Bezerra???-
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  • Fio de Deus

    Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 13h39
  • Esse Fávaro, tá me saindo um bom político kkkkkk Esse era o diferente na eleição... Coitados de nós, esse acho que não bebe mais para fazer áudio no WhatsApp, o agronegócio vai ter que achar outro candidato para continuar a mandar no Estado, eleitores vamos abrir o olho enquanto o agronegócio desponta, saúde, segurança pública e educação nas mãos desses nossos representantes, só despenca, o contribuinte que se exploda, o que importa é só as questões do agronegócio. O resto é resto.
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  • vicentina

    Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 11h24
  • parabéns rodrigo pelo artigo. imagina você o que esse individuo, que atualmente é vice governador, pode estar fazendo lá na sema, onde os técnicos são simples fantoches nas mãos dessa quadrilha, onde ele e a turma do agronegócio manda e desmanda, liberam os projetos que eles querem e controla a fiscalização para só atuar contra aqueles que eles determinam e os demais deixa correr solto, sem falar do enriquecimento explicito dos cargos de confiança ligados ao vice. ele saiu da sema só no papel, mas, controla as marionetes por controle remoto, absurdo.
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  • carlos

    Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 10h12
  • Fávaro, você e seus pares do agronegócio não estão acima da lei, se acostumaram a mandar e desmandar neste Estado. Fiscalização da SEFAZ é do Estado, e assim defende os interesses da sociedade. Não se é permitido que se faça circular mercadorias sem emissão da devida NF, não podemos permitir que esse segmento, por mais importante que seja, continue a sonegar tributos. Já não basta a carga tributária irrisória? desse modelo concentrador de renda que você representa
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  • Goiania ? melhor que L.A.

    Quinta-Feira, 15 de Fevereiro de 2018, 09h18
  • Aqui in Goiania nói num dexa os gaucho manda tanto não
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