Opinião Domingo, 21 de Julho de 2024, 13h:58 | Atualizado:

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Wilson Fuá

As lições da política

 

Wilson Fuá

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WILSON FUAH

 

No período de pré-convenções, os candidatos aos cargos municipais, passam a buscar parcerias para trazer votos por todos os bairros ou para aumentar o seu tempo no horário eleitoral, fazendo qualquer acordo, sem querer saber com quem está unindo ou quem vai subir no seu palanque, mas logo depois das eleições, vem o grande arrependimento, por ter coligado por qualquer um ou mais. 

E, assim, ao tomar posse, vêm os pedidos, e no período inicial da administração, esses pedidos viram exigências, e logo os candidatos que fizeram parte da coligação, jogam na cara do Presidente: “quem ajudou eleger, também quer ajudar a governar”.

Mas, qual seria o melhor momento para facultar pedidos daqueles que ajudaram a eleger?

E qual seria o limite da ajuda sem comprometer a administração e não desrespeitar a lei?

O Prefeito eleito tem 04 anos, e com certeza serão 04 anos de pedidos e mais pedidos, às vezes republicanos e às vezes até comprometedores, e ao não satisfazer os pedidos, logo àqueles amigos de ontem viram os inimigos ferozes no futuro. 

Na vida como na política, as pessoas só dão valor aos relacionamentos, quando tem a oportunidade de duvidar se irão ou não conseguir o que desejam.

A inteligência de uma administração, diz que os pedidos devem ser retardados ao máximo e talvez nunca serem atendidos, mas a palavra de negação, deve ser soberana a tudo aquilo que não é republicano, pois no jogo político, a vontade para conseguir algo, passa por riscos, e a demora faz com que o desejo aumente com o passar do tempo, e mesmo quando o pedido vem pela metade, pelo tempo que se demorou para realização da conquista, o sentimento de ter conseguido é muito melhor, e satisfatório.

Historicamente a candidatura que estava em primeiro lugar disparado nas pesquisas eleitorais, antes das convenções, ao unir-se com inimigos históricos, fez com aquele que já estava comprando o terno da posse, nos dois últimos meses antes da eleição, despencou e perdeu feio, e esse mesmo político ainda não aprendeu com o ensinamento da derrota.

O meu amigo Dante de Oliveira durante as campanhas que fazia com ele no Parque Mãe Bonifácia, dizia assim: 

1 – “Óleo não mistura com água”;

2 – “Se algum dia você me encontrar de abraços com pessoas daquele grupo adversário, aparte que é briga”. 

                  Mas, dirigentes partidos não aprendem com as traições, e continua a escolher os parceiros indesejáveis, e por isso, pode perder a eleição e se ganhar terá durante seu governo, infestado de pedidos não republicanos que pode ser lesivo aos cofres públicos e que levar o próprio gestor municipal para a cadeia.

                Neste momento de pré-convenção, todo cuidado é pouco ao escolher quem fará parte da coligação, é melhor perder alguns minutos no horário eleitoral, ou até perder a eleição, porque pelo contrário, poderá ficar por 04 anos vivendo sobre pressão e chantagem de grupos, sem limites para pedir e correr o risco de transformar o seu governo num antro de corrupção. 

                   Na política quando tudo é muito fácil, faz com que o gestor, tenha a aparência de pessoa muito fraca, insegura, e quando surge às primeiras dificuldades, fica sem condições para superar, e é nesses momentos que ocorrem as grandes tragédias administrativas, fazendo com que o gestor fique submisso a vontade de grupos e das chantagens, porque os pedidos não têm limites; veem de forma mal cheirosa, porque para esse tipo de gente que vivem no submundo da política não tem limites, a desonestidade faz parte das linhas das ações, e por isso, durante a convenção prevalece o ditado: “diga com quem tu andas e eu direi quem tu és”

 

         *Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e pesquisador das Relações Sociais e Políticas, Graduado em Ciências Econômicas.  

 





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