Opinião Sábado, 12 de Abril de 2014, 09h:27 | Atualizado:

Sábado, 12 de Abril de 2014, 09h:27 | Atualizado:

Onofre Ribeiro

Caras políticas

 

Onofre Ribeiro

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Onofre Ribeiro

 

O PSDB, que deixou o poder em 2002, ficou no limbo esses últimos 12 anos, apesar de ter quadros muito qualificados e de ter feito uma importante revolução na gestão estadual entre 1995 e 2002: a reforma do Estado. Na imprensa de ontem saiu a informação de que o partido quer repor-se na política eleitoral de 2014 e aponta três nomes de maior visibilidade: o ex-governador Rogerio Salles, o deputado estadual Carlos Avalone e o deputado federal Nilson Leitão, entre outros.

Com a derrota da sua maior estrela, o governador Dante de Oliveira, na eleição de 2002 ao Senado, e do então senador Antero Paes de Barros ao governo, o PSDB sofreu esvaziamento, cooptado a partir de 2003 pela gestão Blairo Maggi no governo. 

Sem Dante, que morreria em 2006, o partido não teve tempo pra se reconstituir. De toda forma, Dante era a estrela e a inspiração do PSDB. Sem ele o partido encolheu e reduziu sua chance de se transformar na única oposição. Blairo Maggi governou por dois mandatos, até 2010, sem oposição. Em 2006, Maggi apoiou o presidente Lula na reeleição e o PT deixou de ser oposição.

Maggi governou navegando em águas tranquilas, assim como seu sucessor, o governador Silval Barbosa. Ora, a oposição não é apenas necessária. Ela é fundamental em qualquer governo por que, de um lado, ela fiscaliza e critica. De outro, ela baliza os pontos falhos da gestão.

É burrice querer matar a oposição, porque a unanimidade é burra, já dizia o jornalista Nelson Rodrigues lá nos anos 1970. É comum os que se acercam dos governantes tentarem manter sua proteção escondendo ou enfeitando verdades e criando factoides positivos para se darem bem. Mas quem se dá mal é a gestão.

Por isso, oposição é indispensável. Sem Dante de Oliveira, o PSDB ficou muito frágil pra ser uma oposição de fôlego. Porém, nesse caos político e eleitoral em que mergulhou a política brasileira, cabe uma oposição ao estilo tucano. 

Falar de projetos, de questões objetivas baseadas na experiência e nos resultados alcançados. Novas caras serão bem vindas e as caras consolidadas como as já citadas, tem espaço pela coerência, que é a matéria prima que, definitivamente, não se vê nas composições políticas atuais.

Espaço político tem. Falta discurso adequado, que os tucanos tem., Então, bola pra frente...!

ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso

 





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