A chamada em questão tem como objetivo central, suscitarmos uma das coisas, que ao longo dos anos, vem perdendo cada vez mais força e, importância, para algumas pessoas, pela própria dinâmica de vida, imposta pelo mundo moderno; principalmente, pela inversão de valores à qual fomos submetidos.
Dessa forma, Deus tem sido colocado em segundo plano na vida de muitas pessoas, movidos principalmente pela arrogância e prepotência, através do conhecimento cognitivo, do ter, do poder, do saber, estes se colocam acima dele, como se fossem, os verdadeiros donos da verdade.
Este preâmbulo serviu, para que pudéssemos dar início a esta narrativa; tendo como tema central, a luta incessante do menino Tyler, de apenas oito anos, contra um câncer agressivo, este tema virou filme.
Na minha modesta opinião, trata-se de um dos filmes mais lindo e, emocionante, assistido por mim, tendo, como título “Cartas para Deus”, inspirado em uma história real, que aconteceu nos Estados Unidos.
Sabemos que os americanos são arrogantes, prepotentes, convencidos, dominadores, subjulgam países de menor potencial econômico, usando de meios torpes para dominá-los, entre os quais, o uso da violência.
Agora, em se tratando da sétima arte, eles são realmente fenomenais, conseguem tocar naquilo que fragiliza a humanidade contemporânea, que é a falta de Deus em sues corações, movida por uma série de situações entre as quais: superpoderes, títulos, posses entre outros elementos terrenos.
A história acontece em uma pacata cidade Norte Americana, aonde o menino Tyler Doherty, filho de uma família de classe média, é acometido por um câncer agressivo, ele trava uma batalha diária contra a doença que o consome.
O menino de apenas oito anos, é amado pela família, amigos e, por toda vizinhança, ele não se deixa abater e, começa a escrever cartas, endereçadas a Deus e, as coloca na caixa do correio; o carteiro Brady, que começara a fazer aquela região, também vivia uma série de problemas, relativos ao alcoolismo, em função de questões familiares.
O carteiro Brady, sem saber o que fazer com as cartas, resolve levá-las ao padre, que de forma sábia diz para que ele as lesse e tirasse delas algum proveito, pois não tinha o que ser feito com as mesmas, estas cartas, acabaram os aproximando cada vez mais, e ai tem início uma relação amistosa de carinho, afeto e determinação entre ambos.
O menino por ter a cabeça raspada, enfrenta problemas de relacionamento, na escola por parte de um coleguinha que se acha e, o apelida o humilha ao máximo, ele em resposta escreve uma carta a esse menino, não só o perdoando como lhe dando uma verdadeira lição de amor, eles acabam ficando amigos; paro a narrativa aqui, se alguém quiser saber o resto do filme o assista e, tire suas próprias conclusões.
Eu como assisti, tirei dele uma grande lição de vida, naquilo que eu sempre procurei primar, que é a busca incessante, na aproximação cada vez maior de Deus, não como forma de enaltecê-lo, porque ele já infinitamente grande e, sim como forma de agradecer-lhe diuturnamente, por ter colocado em minha vida, uma família maravilhosa, amigos fieis e, principalmente por ele ter me dado, muita saúde e paz e, que se por ventura, um dia me faltar saúde, saberei aceitar com resignação e fé nele, que é o nosso salvador.
LICIO ANTONIO MALHEIROS é professor em Mato Grosso