Opinião Segunda-Feira, 28 de Abril de 2014, 17h:21 | Atualizado:

Segunda-Feira, 28 de Abril de 2014, 17h:21 | Atualizado:

Alfredo Menezes

Conversas da rua

 

Alfredo Menezes

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Fatos recentes envolvendo a política têm feito a delícia das conversas de rua. Muitas mulheres, que antes não participavam do sobe e desce da política, também entraram na roda. Chistes e deboches estão por todos os lados.

O caso João Emanuel é sempre o ponto de partida das conversas. Ele e seu grupo de apoio atiraram em todas as direções, como denúncias contra vereadores por supostamente terem recebidos dinheiro escuso. Atirou também nos vereadores Toninho de Souza e Júlio Pinheiro.

Parece que o jovem vereador seguiu a máxima de Ulisses Guimarães. Falava ele que, quando alguém na política está diante de um grande problema, deveria fazer como os velhos encouraçados: afunde atirando.

Um fato ficava claro nas conversas sobre o Emanuel: a maior parte da opinião pública se pôs contra ele. E quando isso ocorre, neste ou em qualquer outro caso, não se aceita nenhum argumento positivo que vier em auxílio deste ou daquele personagem sob bombardeio.

Talvez o assunto mais comentado pela rua sobre o caso envolvendo o vereador do PSD foi a esgrima entre um dos seus advogados e o advogado do MCCE. Este alegou que não procedia o argumento de que a defesa não teve acesso a todas as provas. Mostraram uma fala do vereador e um dos advogados sobre o tal DVD. Ou que os dois sabiam. Esta prova foi conseguida através de grampo em telefone.

Arguem o advogado do Emanuel e também a OAB, com razão, que a lei garante o sigilo da confidência entre advogado e cliente. Na rua, porém, houve uma quase unanimidade a favor do advogado do MCCE.

Saindo dessa conversa para outra, Francisco Faiad pediu que a OAB negue registro para o ex-juiz Julier advogar. Os dois são do mesmo partido, PMDB. O Eder Morais disse que o governador Silval Barbosa lhe pediu, quando presidia a Secopa, para atrasar as obras na Arena Pantanal. Os dois são também do PMDB.

A história política estadual mostra que um grupo no poder se esboroa primeiro por dentro, depois é que é derrotado fora.

Percival Muniz, em entrevista, falou que o Taques age com oportunismo político. Ou que se mostra diferente e distante da classe política para ganhar votos e que iria precisar desses mesmos  políticos para poder governar. É o mesmo argumento do Bezerra de que o Taques afasta gentes de uma coligação maior.

Podem até terem razão, mas perante a maior parte da opinião pública o posicionamento do Taques tem muito mais aceitação.

Agora, se o Taques ganhar a eleição, vai ou não compor com Deus e todo mundo para governar? Se compor, cai no conceito popular, se não compor não governa. Política é o bicho do cão, se dizia lá em Poxoreo. 

ALFREDO DA MOTA MENEZES é articulista e historiador

 

 





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