Opinião Quinta-Feira, 06 de Março de 2014, 17h:30 | Atualizado:

Quinta-Feira, 06 de Março de 2014, 17h:30 | Atualizado:

Kléber Lima

Correr riscos

 

Kléber Lima

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Sei dos riscos que passarei a correr ao voltar a escrever artigos de opinião enquanto exerço função pública. Aos que exercem tal função parece que é negado o direito à opinião. Ao menos na visão de alguns. Não me importo. Afinal, estar aqui é o maior risco.

Volto a escrever por necessidade de ofício. Esta é uma forma de exercitar meu alterego. De lembrar-me que antes de ser secretário de Comunicação da prefeitura de Cuiabá sou jornalista. Que exercer função pública é transitório, passageiro, não projeto de vida.

A rigor, nunca pensei diferente. Quando fui adjunto de Comunicação do Governo do Estado, em 2003, pedi para sair quando muitos brigavam para entrar. Faço aquilo que me dá alegria e felicidade. Embora o trabalho de comunicação seja absolutamente racional, baseado na ciência, nas ferramentas do marketing e nas maravilhas da tecnologia, ele não se realiza sem uma grande dose de paixão e comprometimento.

Comunicação social é luta de opostos pelo consenso, logo, pelo convencimento da massa. Não são apenas fatos relatados ou reportados. São teses lançadas e defendidas cotidianamente. Cada palavra tem um sentido, um significado. Daí a importância de se perceber o todo por cada parte. Gastar horas num debate aparentemente infrutífero com um jovem repórter sobre o significado de um termo não é perda de tempo. Não para mim. É investimento na construção da tese, do sentido correto que se deseja dar à realidade que enxergamos ou que tentamos construir.

Essa semana tivemos um evento raro e talvez único na história política de Mato Grosso. Até onde tenho registro, foi a primeira vez que o ‘Estado Maior’ do Governo e das duas maiores prefeituras de Mato Grosso – incluindo o governador e os dois prefeitos - se reuniram à mesma mesa para debater uma única pauta.

Ali estavam as principais autoridades do Poder Executivo mato-grossense reunidas para construir unidade entre si e, a partir dessa unidade, travar uma luta pelo consenso social: buscar o convencimento da sociedade para voltar a acreditar que a Copa do Mundo deixará um legado positivo a Cuiabá, Várzea Grande, Mato Grosso e aos mato-grossenses.

Entre as inúmeras lições que esse fato histórico pode nos deixar, enumero apenas duas nesse primeiro momento. A primeira é que parece claro que faltou investimento na construção cotidiana do consenso ao longo do tempo, porque as grandes edificações de um governo ou de um tempo não são apenas obras físicas, mas conceituais.

E a segunda – e talvez a mais importante: é sempre tempo de aprender com o erros e ajustar o caminho. A integração de esforços entre o Governo do Estado e as Prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, sem revanchismos ou imputação de culpas, na busca de soluções e alternativas para garantir conquistas coletivas, é uma notícia alvissareira que representa um avanço nas relações políticas e institucionais em Mato Grosso. Já ganhou a confiança de instituições como Famato, Fecomércio, CDL, Fiemt. Se ganhar a adesão da imprensa, opinião pública e da chamada sociedade civil, será o primeiro grande legado da Copa. Capaz de nos fazer voltar a sonhar, como sonhamos cinco anos atrás, quando fomos para a rua e conquistamos a vinda da Copa para Cuiabá. A copa está chegando. Que ela não nos pegue com as bandeiras arreadas.

(*) KLEBER LIMA é jornalista, exercendo atualmente o cargo de secretário de comunicação da prefeitura de Cuiabá. E-mail: [email protected]





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Comentários (6)

  • Nilis Marques

    Sexta-Feira, 07 de Março de 2014, 16h17
  • É lamentável que certas pessoas que não respeitam a opinião contrária, afinal de contas; se julgam os donos da verdade. O jornalista escreve um assunto tão relevante de unidade entre o Governo do Estado e os Municípios, e as pessoas se sentem ofendidas. O objetivo dele não foi para criticar ninguém, tem gente querendo polemizar fazendo comparativos desnecessários no momento. Os nomes citados pelo cidadã Karina é um fato real, todos deixaram as suas marcas, mas para que desmerecer os outros administradores que acabaram de assumir os cargos, e que também foram eleitos pela sociedade, e os mesmos estão esforçando-se para realizarem um excelente trabalho. Pessoal; vamos dar tempo ao tempo, educação não faz mal a ninguém. Jornalista Kleber Lima gostei do seu artigo, continue escrevendo que sou teu leitor. Abçs
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  • Jonas Loureiro

    Sexta-Feira, 07 de Março de 2014, 09h40
  • Meio cara de Fênemê, Quem lembra desse caminhão?
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  • Karina Gomes

    Sexta-Feira, 07 de Março de 2014, 00h43
  • Não entendi, você escreve por dever de oficio ou para exercitar seu alterego? Evento raro e talvez único na história de Mato Grosso? Sugiro estudar um pouco, posso sugerir por exemplo o professor Wilson Santos. Ele poderá lhe dizer que no governo de Roberto França em Cuiabá, Jaime Campos em Várzea Grande e Dante no governo do estado foi criado o aglomerado urbano. Este fato sim, fi um marco na história.
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  • Ricardo Molina

    Quinta-Feira, 06 de Março de 2014, 23h04
  • O risco de verdade é perder o emprego depois de um artigo \"bajulador\" desse. Menos secretário, menos.
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  • Rosangela Madureira

    Quinta-Feira, 06 de Março de 2014, 19h54
  • RISCOS?? IHHH. VIAJOU NA MAIONESE, QUER APARECER??
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  • Orlando Neves

    Quinta-Feira, 06 de Março de 2014, 19h53
  • Muito fraco o artigo, se era para fazer média com patrão não vai funcionar. Como secretário de comunicação também tá fraco, a imagem de Mauro tá péssima
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