Opinião Quarta-Feira, 16 de Abril de 2014, 10h:04 | Atualizado:

Quarta-Feira, 16 de Abril de 2014, 10h:04 | Atualizado:

Onofre Ribeiro

Cuiabá depois da copa

 

Onofre Ribeiro

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Onofre Ribeiro

 

Na medida em que a Copa do Mundo se aproxima, algumas dúvidas já exploradas exaustivamente na mídia ficam outras, como a cara da cidade depois do evento. Pessoalmente, acredito que a cidade vai ter ganhos enormes em consequência do evento. Mas há que se deixar bem entendido que Cuiabá é essa que nos restará depois de julho de 2014.

O governo de Mato Grosso assumiu as chamadas obras da copa, que melhorarão em muito a trafegabilidade urbana em Cuiabá e em Várzea Grande. Mas o governo voltará às suas atividades e deixará Cuiabá correr sozinha. Passado o evento e depois que os turistas forem embora, nos restará uma Cuiabá que terá de andar por si só. Aí, caberá à prefeitura começar um planejamento para que a cidade no futuro não entre no colapso em que estava até agora.

A propósito gostaria de lembrar alguns dados sobre o futuro de Cuiabá como cidade e como capital de Mato Grosso.

Sua população tende a não aumentar muito mais do que hoje. As migrações que marcaram os anos de 1970 a 1990, reduzirão cada vez mais no futuro. As migrações internas de gente do interior que vai mudar-se pra capital será bem maior. A riqueza gerada em municípios vai se estender em investimentos imobiliários na capital pelo volume e pela valorização. Os grandes grupos empresariais hoje no interior, virão pra capital por conta das facilidades de relação com o governo e com o mundo político.

Ainda nem citamos o possível crescimento da economia produtiva no interior, a exemplo de municípios do agronegócio, da mineração, da madeira e da pecuária. Por isso, Cuiabá deverá assumir-se como cidade, sem esquecer de que é a capital de um estado em franco e inevitável crescimento econômico.

Vamos dar dois exemplos: a conclusão da pavimentação da rodovia BR-163, ligando ao porto de Santarém. O transporte de grãos e de bens de consumo será muito forte nesse eixo e vai gerar riquezas que de algum modo olharão Cuiabá como centro de serviços e de investimentos. As possíveis ferrovias FICO, leste-oeste, e a de Santarém vão criar um ambiente imenso de negócios de olho na capital.

Encerro este artigo lembrando que uma cidade com vocação de serviços e de crescimento nesse nível, não pode parar o seu planejamento estratégico pro futuro. O passado nos ensinou que o futuro não perdoa o abandono.

ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso





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Comentários (1)

  • rose souza

    Sábado, 02 de Agosto de 2014, 23h27
  • GOSTARIA DE VER TODA A CIDADE DE CUIABÁ DEPOIS DA COPA
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