No Brasil, elencando às áreas que apresentam maiores problemas; sem sombra de dúvidas, entre as mais problemáticas está a segurança pública, que é considerada o calcanhar de Aquiles do Governo.
Os dados por si só falam mais alto, segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública no Brasil em 2023, as Polícias Militares apresentavam déficit de 179.591 agentes.
Por sua vez, a Polícia Civil também possui déficit e a corporação trabalha com 55.244 servidores a menos do devido.
A chamada em questão tem como objetivo central, mostrar que o déficit das polícias não se trata de um caso isolado de um Estado, e sim, em todo o país com 5 569 municípios legais e 2 “municípios” para efeitos estatísticos em todo o território nacional; ocorrendo assim, falta eminente de policiais.
Mato Grosso não foge à regra, segundo documento administrativo publicados recentemente dão conta que, dos 12.911 cargos criados para diversas patentes, como coronel, tenente-coronel, major, capitão, sargento e finalmente soldado, entre outros, 6.992 cargos estão atualmente ocupados.
Isso significa dizer que, 5.951 cargos estão vagos, indicando clara necessidade de novos chamamentos, devido à grande quantidade de vagas abertas.
Felizmente hoje, às redes sociais se tornaram grande aliado da população como um todo; principalmente para aquelas pessoas mais desavisadas ou pouco interessadas.
Essa explicitação se dá, pelos mais diferentes meios de levar às notícias as pessoas nos mais diferentes rincões do país; através do WhatsApp, You Tube, Instagram, Facebook entre outros.
Tomando como base o Estado de Mato Grosso.
Em 2022 foi realizado o último concurso público para polícia militar, tendo sido aprovados 1.700, dos quais o governo só chamou 700; só conseguimos reviver este fato, graças às redes sociais.
Assistindo, a um vídeo de autoria do ex-senador e ex-governador do Estado Pedro Taques, o mesmo, abordou o tema com maestria e sabedoria, apontando falha na não absorção desses aprovados no último concurso de 2022; em um vídeo, ele explicita bem a situação.
Pedro Taques diz “Amigos, em 2022, 1700 homens e mulheres foram aprovados, até agora o governo só chamou 700, dando a desculpa de que não tem como colocar todos na academia. Essa desculpa é meia verdade, é possível você regionalizar a preparação desses policiais para que a sociedade tenha homens e mulheres preparados para combater o crime em nosso Estado”.
“Os não chamados, criaram uma associação com mais de 370 associados aprovados nesse concurso e, contrataram nosso escritório, AFG & Taques para que pudéssemos defendê-los nessa luta”.
Não satisfeito, Pedro Taques aborda um tema nevrálgico envolvendo essa questão emblemática; ao fazer comparativo com um Estado de dimensões territoriais muito menor que o nosso, e que apresenta número maior de policiais contratados.
Ele diz “Apenas um número; a Paraíba tem 8.000 policiais militares, Mato Grosso tem 904 mil Km2 cabem 17 Paraíbas dentro do Estado de Mato Grosso, nós temos 2.000 policiais a menos. Sem falar que, nós temos 1.000 Km de fronteira seca com os países aqui na américa, precisamos de mais homens e mulheres para combater o crime organizado trabalhando na polícia militar”.
No frigir dos ovos, não adianta o nosso Estado ser pujante no Agronegócio, com estradas asfaltadas para fazer o escoamento dos grãos; se não tivermos segurança pública de qualidade e que atenda a todos indistintamente.
Professor Licio Antonio Malheiros é Jornalista, Articulista e Geógrafo.