Recente artigo escrito por um importante cientista político ele afirmou que uma das piores pragas que pode existir em uma sociedade é a junção entre CORRUPÇÃO E POPULISMO. A primeira corrói e destrói tudo o que se pensar em bem comum para a coletividade e também abre as portas para que fortaleça o fenômeno político conhecido como populismo.
Atualmente muito em função de crises geradas por problemas nas economias, descrença com relação a classe politico e também com as instituições da democracia, muitos países (o Brasil inclusive) tem visto surgir com certa força lideranças com discursos construídos com base nas velhas bandeiras populistas.
A mais sólida e longeva democracia, os Estados Unidos, hoje vive os seus dias de governo populista na figura de Donald Trump. Sua verborragia segregadora e nacionalista em muito lembra os famosos movimentos totalitários surgidos na Europa nos anos 30 do século XX. O caso norte-americano ilustra o quanto é perigoso quando a economia corrói o tecido social e termina por servir de combustível para políticos “salvadores da pátria“, que tudo prometem e geralmente com uma plataforma VAZIA e que mascara a sanha autoritária e CORRUPTA.
O Brasil não teve somente uma experiência populista, foram muitas. As mais emblemáticas seriam a eleição de Jânio Quadros e sua vassoura anticorrupção nos anos 60 e mais recentemente o “caçador de marajás”, atual senador Fernando Collor de Melo. O resultado dessas histórias todos conhecemos e as consequências dessas “aventuras” populistas para toda a população. Infelizmente, em nosso ultrapassado sistema político eleitoral persiste essa praga populista.
Como não poderia deixar de ser o nosso querido Estado de Mato Grosso convive atualmente com um governo populista e que está construindo um legado de corrupção, incompetência e autoritarismo. A atual Administração estadual achou que poderia sustentar a MÁSCARA da TRANSFORMAÇÃO por muito tempo. Ledo engano. Não demorou muito para que o governador deixasse muito claro a que veio: para consolidar um projeto de poder pessoal com vistas a perpetuação do seu grupo político no controle do Estado.
Como em toda aventura populista, o governo Pedro Taques também nasceu sobre uma plataforma VAZIA. Afinal de contas, sua eleição deu-se mais pela propaganda construída em torno de ações anticorrupção as quais ele TOMOU para si toda a paternidade, esquecendo-se de dizer que as mesmas foram resultado do trabalho de muitas outras pessoas e instituições. Em nenhum momento foi falado em novas maneiras de efetivar as políticas públicas do Estado. Martelou-se na falácia maniqueísta e moralista do BEM CONTRA O MAL.
Passados mais de dois anos de (des)governo, o governador já não tem mais nenhum pudor em assumir que sua Administração é o velho travestido de novo e só. A promessa de uma gestão eficiente e proba deu lugar ao MAIS DO MESMO da velha politica de CORONÉIS, CACIQUES E RAPOSAS. Dia após dia escândalos de corrupção pipocam gostosamente na imprensa nacional. Reformas e mais reformas administrativas na tentativa de aplacar a fome dos “aliados” por mais e mais cargos e o governador distribui NACOS da Administração para manter o mínimo de “governabilidade”. Assim fica a
pergunta: o que de NOVO existe nessas práticas? Essas práticas não são as mesmas repetidas reiteradamente pela classe política a pelo menos quarenta anos? O que há de novo em um governo que coloca como aliado de primeira ordem figuras como o senador Jayme Campos, a típica representação da surrada e velha política de coronéis?
Dessa maneira, aqui em Mato Grosso a união entre POPULISMO E CORRUPÇÃO tem levado a população a sofrer na pele as consequências de uma Administração perdida e sem perspectiva de mudança em seu rumo. Infelizmente o governador já fez a sua opção como passará para a história. Passará como um governo populista da pior espécie. O populista assenhorado ao capital e cada vez mais afastado do povo, daquele que mais necessita das políticas que por OBRIGAÇÃO o governo deveria estar ofertando de maneira digna e não por meio de CAMINHÕES que levam MIGALHAS de tempos em tempos a pobre população do interior do nosso rico Estado.
Senhor governador, cada vez mais você cativa seu lugar na história junto aos que optaram por se travestir de lobo em pele de cordeiro. Triste e melancólico fim de um governo que NUNCA COMEÇOU.
FERNANDO ROBERTO SOUZA SANTOS é advogado, historiador, mestre em Política Social pelo PPGPS/UFMT.
E-mail: [email protected]
JOSE NETO
Quarta-Feira, 01 de Fevereiro de 2017, 08h12Salustiano Pereira
Quarta-Feira, 01 de Fevereiro de 2017, 07h48taquesinhinho
Terça-Feira, 31 de Janeiro de 2017, 16h46Higor Rodrigues
Terça-Feira, 31 de Janeiro de 2017, 14h47