Opinião Domingo, 02 de Março de 2014, 11h:42 | Atualizado:

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Onofre Ribeiro

Há luz no fim do túnel

 

ONOFRE RIBEIRO

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Onofre Ribeiro

 

Quando o presidente Juscelino Kubitscheck decidiu-se pela construção de Brasília, ele levou em profunda consideração a profecia do sacerdote italiano, Dom Bosco, escrita em 1883. Tanto, que em Brasília, ao lado de tantos misticismos que rondam a capital, a profecia de Dom Bosco goza de um prestígio especialíssimo.

Mas ela é muito mais específica quando fala da localização geográfica de Mato Grosso, citando os graus 15 e 20 cuja maior área é matogrossense. Vou transcrevê-la da forma como a copiei na internet, numa tradução do escritor Monteiro Lobato:

“Em 1883 Dom Bosco teve outro sonho profético, devidamente registrado em suas anotações. Neste, ele viajava por toda a América do Sul. Mas o principal desta profecia é o que seria referente ao Planalto Central Brasileiro:

“Eu enxergava nas vísceras da montanhas e nas profundas da planície. Tinha, sob os olhos, as riquezas incomparáveis dessas regiões as quais, um dia, serão descobertas. Eu via numerosos minérios de metais preciosos, jazidas inesgotáveis de carvão de pedra, de depósitos de petróleo tão abundantes, como jamais se acharam noutros lugares. Mas não era tudo. Entre os graus 15 e 20, existia um seio de terra bastante largo e longo, que partia de um ponto onde se formava um lago. Então, uma voz me disse, repetidamente: “Quando vierem escavar os minerais ocultos no meio deste montes, surgirá aqui a Terra da Promissão, fluente de leite e de mel. Será uma riqueza inconcebível.

Observa-se que entre os graus 15 e 20, na América do Sul, há pequenos trechos de terra do Peru e do Chile e algo da Bolívia. Porém, grande extensão de terra brasileira onde se encontra Brasília”

Na verdade, o texto das profecias sempre requer uma leitura na sua linguagem simbólica. Conversei com alguns especialistas em profecias a respeito do texto de Dom Bosco. Disseram-me que é o caso da escavação dos minerais ocultos, que significa a aração das terras para a produção, que gerará o terra fluente de leite de mel. Essa expressão, significa riqueza e abundância. Isso por ora, porque as perspectivas minerais ainda são pouquíssimo exploradas.

Além da profecia de Dom Bosco, que é a mais popular acabei por encontrar uma série de outras citações de natureza profética exaltando as possibilidades espirituais do Centro-Oeste brasileiro. Algumas mais místicas. Outras mais espirituais. Como os textos do explorador inglês Sir Percival Fawcett, que se perdeu nas matas do leste de Mato Grosso lá pelo anos 20 deste século em busca de uma civilização perdida na Serra do Roncador. Não quero ater-me mais às profecias.

Mas imagino, também, que não possamos negar que vivemos nesta região um momento muito especial de formação de uma civilização humana montada a partir de um núcleo de brancos, índios e negros matogrossenses, que ficaram isolados dois séculos e depois se miscigenaram com migrantes descendentes de europeus e asiáticos, negros e índios de outras regiões, nos últimos 40 anos. O resultado é um saldo sociológico, humano e cultural inigualável no mundo. E, sobretudo, uma imensa experiência espiritual que, certamente, mais do qualquer outra, tem possibilidades de construir por essas bandas uma civilização humana mais feliz neste século 21.

ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso





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