A inflação está persistindo em acelerar, principalmente devido ao grupo de alimentação, que segundo se tem registro saiu de uma queda de 1,57% em janeiro para uma alta de 1,72% em fevereiro. Isso somado ao acesso ao crédito mais caro, que entrou em 2014 com os reflexos negativos das sucessivas altas na taxa básica de juros, a Selic, do ano passado e ao nível de endividamento dos brasileiros, trouxe um impacto na decisão de consumo no primeiro trimestre do ano.
Todo mês a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo-CNC divulga o ICF- Intenção de Consumo das Famílias. Neste mês de março, tal índice apresentou um recuo de 125,5 pontos, isso em percentual equivale a 3.3%, relativo ao mês de fevereiro. No comparativo a março de 2013, a queda é de 5.1%. Percebe-se que está se acendendo a luz amarela, para a moderação do consumo, apesar que no resultado apresentado, é revelado por analistas econômicos da entidade que o índice mantém-se acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível favorável.
Ocorre, entretanto, que é informado que na mesma base de comparação, o último resultado positivo foi em dezembro de 2012. Se o índice de endividamento dos brasileiros é alto, as empresas não ficam para trás para administrar seus problemas financeiros.
O mês de janeiro deste ano já anunciou problemas pela frente, quando em um levantamento da Serasa Experian, foi revelado que o indicador de inadimplência cresceu de 11,1%, em relação ao mesmo período de 2013, sendo que os títulos protestados foram os principais responsáveis pela alta do indicador no referido mês. Percebe-se que situação em nível macro e no aspecto regionalizado, ainda está sobre controle, o que nos dá certa tranquilidade. Em um levantamento recente feito pela Fecomércio de Mato Grosso, referente as expectativas empresariais para o primeiro semestre, com 400 empresários, em 14 municípios, é revelado que há crença na manutenção da estabilidade econômica.
Pelo menos foi a opinião de 77% dos entrevistados, e serve como um referencial para tomadas de decisões do segmento, pois é a percepção de homens e mulheres de negócios em relação ao seu mercado, o que também dita seus respectivos graus de otimismo.
PEDRO NADAF é secretário-chefe da Casa Civil