Opinião Terça-Feira, 28 de Setembro de 2021, 11h:04 | Atualizado:

Terça-Feira, 28 de Setembro de 2021, 11h:04 | Atualizado:

Maria Augusta

Mãe, você sabe o que é BBS?

 

Maria Augusta Ribeiro

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Bebês, Babás e Smartphones. Tudo o que precisa saber sobre as telas.

Quando Mark Zuckerberg afirma que vai explorar o metauniverso da tecnologia para que suas empresas tenham lucro, se esquece de dizer que seus filhos e de muitos outros gigantes da tecnologia são criados sem acesso a ela.

Lógico! Eles sabem que as telas estão trazendo à vida das pessoas muitos problemas e não querem isso dentro de suas casas.

Começando pelas babás do Vale do Silício.

Elas são impedidas contratualmente de utilizar seus smartphones durante o período em que trabalham e interagem com os filhos desses gurus tecnológicos para não prejudicar o aprendizado delas. Mesmo que seja para falar com seu filho ou tratar de questões pessoais essas profissionais precisar arrumar outro jeito de se comunicar que não seja por uma tela em horário de trabalho.

Afinal quem trabalha codificando toda essa tecnologia sabe que tudo é feito para ser fácil, intuitivo e gerar a terceirização da atenção. Quanto mais tempo se passa dentro dessas plataformas mais tempo ofertas de produtos, serviços e propagandas descem goela abaixo.

Nos bebês a história é ainda mais bizarra.

Além dos malefícios cognitivos, médicos estão com consultórios cheios de crianças antes do primeiro ano de vida com diminuição de QI, com problemas na visão e relacionados ao sono de forma grave.

Um bebê, mesmo que não utilize telas, mas têm suas babás e mães interagindo com uma, vai ser exposto aos malefícios das telas que irão prejudicar a visão, sono e o cérebro dele.

Crianças expostas às TVs, tablets e smartphone, mesmo que não sejam os usuários, vão ter problemas cognitivos, tais como dificuldade de se relacionar com as pessoas, de entender suas próprias emoções e de ter uma saúde mental equilibrada num futuro próximo.

Todas estas afirmações não são minhas. Elas estão sendo bombardeadas na mídia por médicos, especialistas em tecnologia e até a Organização Mundial de Saúde, que enfatiza que crianças menores de 5 anos não devem ter acesso às telas.

Segundo a psicopedagoga Ester Zomer as mães, e todos nós com acesso às telas, precisam fazer a regra dos 20-20-20. Pra cada 20 minutos de tela, olhar 20 segundos para uma distancia de 20 pés (6 metros) para descansar os olhos e a mente. Além disso, impor limites sobre o tempo de tela dos pequenos e ser o exemplo no tempo de tela diante de seus filhos.

Outras atitudes deveriam ser adotadas por todos nós tais como: não levar os telefones  à mesa durante as refeições, evitar o telefone antes de dormir e entender que a tecnologia é algo maravilhoso, mas se usada o tempo todo,  quem será comprometido serão os mais jovens, e isso pode incluir seu filho numa triste estatística de que, em menos de 5 anos, teremos consultórios psiquiátricos cheios de crianças tomando remédios para saúde mental, porque os pais não foram capazes de identificar que os smartphones, TV e tablet são vilões silenciosos.

Maria Augusta Ribeiro é especialista em comportamento digital e netnografia. Belicosa.com.br

 

 

 

 

 





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