Opinião Domingo, 20 de Setembro de 2015, 15h:00 | Atualizado:

Domingo, 20 de Setembro de 2015, 15h:00 | Atualizado:

Gabriel Novis Neves

Nem que a vaca tussa

 

Gabriel Novis Neves

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Gabriel Novis

 

É impossível achar agradável passar alguns momentos na sala de embarque do Aeroporto Internacional Marechal Rondon (Várzea Grande - Cuiabá). 

Desconforto total! A começar pelos assentos, já que não podemos chamar aquelas armaduras de ferro de cadeiras ou poltronas. 

Para nosso maior desespero, numa cidade cujo inverno alcança a invejável temperatura de quarenta graus centígrados e a umidade relativa do ar abaixo dos limites mínimos aceitáveis pela saúde pública, não existe um sistema de refrigeração compatível com o espaço destinado aos passageiros. 

Nesse ambiente de total desconforto é que o governo aposta no turismo internacional para trazer divisas ao nosso Tesouro. 

É uma vergonha, como diz o Boris Casoy, o desdém com que são tratados os visitantes e a população local quando necessitam de transporte aéreo.  

Empresários, turistas locais e alguns gatos pingados internacionais que eventualmente, atraídos pela mídia, caem na armadilha das belezas naturais que a região oferece, com certeza não se arriscam a uma nova experiência. 

Não fosse a incapacidade dos nossos agentes públicos seríamos um dos maiores polos do ecoturismo nacional. 

Essa omissão se reflete na baixa ocupação da rede hoteleira e na situação de quase inadimplência dos nossos restaurantes, bares e centros de entretenimento. 

Triste pensar que algumas nações se desenvolveram e vivem com o turismo.  

O deslumbrante Pantanal com sua flora e sua fauna, a mata alta, o cerrado, os rios com pesca artesanal, as cachoeiras exuberantes, as cidades tombadas pelo patrimônio histórico, tudo desprezado por falta de gestão governamental para o turismo. 

Será que nem um aeroporto humanizado seremos capazes de oferecer aos que nos visitam? E ainda temos o desplante de chamá-lo de Internacional! 

Nem que a vaca tussa, nesse clima de grave crise financeira sem solução em curto prazo, podemos esperar dias melhores para o nosso tão almejado e necessário turismo!

Gabriel Novis Neves é médico

 





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Comentários (1)

  • Ruyter Barbosa

    Segunda-Feira, 21 de Setembro de 2015, 12h10
  • Parabéns Dr. Gabriel. Excelente artigo. Faltou mencionar o descaso da Infraero em não fornecer ônibus para os passageiros entre a aeronave e os terminais de embarque e desembarque visto que em muitas ocasiões temos um calor escaldante, chuva e distância considerável para quem tem problemas de locomoção.
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