Opinião Terça-Feira, 22 de Setembro de 2015, 08h:45 | Atualizado:

Terça-Feira, 22 de Setembro de 2015, 08h:45 | Atualizado:

Vilson Nery e Ceará

Parem o VLT que eu vou descer

 

Vilson Nery e Ceará

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A pior e mais desastrada aventura de nossos “gestores” mato-grossenses foi a contratação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), brinquedinho orçado em um bilhão e meio de reais. Aliás os números se conflitam: o custo era de 1 bilhão, subiu para 1,5 e está em 1,8 bilhão, e dizem que chega facilmente a 2 bilhões de reais.

Nada justifica o Estado ter aberto mão de um financiamento da Caixa Econômica Federal de R$ 451 milhões para a construção de três corredores de ônibus (ou BRT, Bus Rapid Transit) e optado pela aventura do “trem fantasma”.

A mudança se deu após uma comitiva de políticos fazer uma vista feita à Espanha e Portugal, em 2011. Os “gestores” em questão eram o ex governador Silval, o deputado Guilherme Maluf (atual comandante do Parlamento), e os ex deputados José Riva e Sergio Ricardo, o último encastelado no Tribunal de Contas do Estado, além de Eder Moraes Dias, que cruza todos os dias com Riva, no fórum, participando de audiências judiciais. 

Nossos políticos foram vencidos por uma certa “lábia” dos europeus, e a conta a ser paga por todos nós foi multiplicada por três! 

Passados quase cinco anos, e gastos mais de um bilhão, o trem está parado, e para dar sequência às obras seriam necessários mais 500 milhões de reais (ou mais?). O “papagaio” feito para alongar a dívida pública e permitir o empréstimo do VLT já começou a vencer, e – contrato celebrado em dólar – a prestação ficou 25 milhões de reais mais cara em seis meses.

Parem o trem!

Mantenham apenas o trecho entre o Aeroporto e o bairro Porto em Cuiabá, forçando a prefeitura a concluir a “obra inacabável” da revitalização do tradicional bairro cuiabano, sendo o VLT apenas um “transporte turístico” de seis ou sete quilômetros de extensão.

Justiça seja feita. O tal VLT ficou tão caro porque o projeto engloba o trem, trilhos, viadutos e desapropriações de residências e áreas comerciais. Ocorre que as desapropriações não foram concluídas, comércios fecharam, residências foram desocupadas e imóveis estão vazios.

Suspendam as desapropriações e mitiguem o sofrimento de família, que se viram sem suas casas ou fundos de comércio “da noite para o dia”. Isso vai representar enorme economia para os cofres públicos.

O corredor central da avenida da FEB pode ser mantido para VLT diminuído, e - retirados os blocos de concreto - a avenida volta a suportar o trânsito, o comércio retoma sua normalidade pré-VLT.

Quanto à avenida do CPA, o canteiro central a partir da XV de Novembro pode se transformar em uma bela e proveitosa ciclovia, que se estende por quase toda extensão que compreende a avenida da Prainha e o Comando Geral da PM. 

É uma forma da prefeitura de Cuiabá “funcionar”, restaurando a fluidez do trânsito e criando as ciclovias no antigo e desplanejado “corredor do VLT” (que desejamos esquecer).

Ainda que possa parecer simplista, essa sugestão é a que mais se harmoniza com o interesse da “vítima”, o contribuinte mato-grossense, que pagará o empréstimo por umas três gerações, evita o gasto de novos 500 milhões de reais (projeção para concluir o VLT) e ganha uma ciclovia, nos moldes da cidade de São Paulo.

Antonio Cavalcante Filho e Vilson Nery são ativistas do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE)

 





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Comentários (4)

  • Gilson Olmedo

    Quarta-Feira, 23 de Setembro de 2015, 14h50
  • Meus caros companheiros, analisamos de ângulos diferentes. Em que pese um investimento grandioso, não se pode avaliar por este, mas, pelo benefícios. O investimento deste monta refere-se a um empreendimento para retorno e satisfação imediata da população para até 35 anos, transformando muito mais eficaz que qualquer um outro, especialmente o BRT que é apenas dois ônibus interligados, queimando combustível e carregando pessoas de qualquer jeito. Os atores públicos também tem seus acertos e este foi um deles e, posso até me arriscar em dizer que foi o melhor. As pessoas citadas com interesse de menosprezar o ganho, são seres humanos. Que até me atrevo parabenizá-los por esta ofertar a nós matogrossense este modal. ....... Contador, Especialista em Política Estratégica, Auditor responsável da CPI do Transporte Coletivo de Cuiabá da Câmara de Vereadores, Presidente da Comissão do Sindicato dos Contabilista de MT que avaliou o custo da tarifa do Transporte Coletivo de Cuiabá
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  • Vanderl?ia da Sabesp

    Terça-Feira, 22 de Setembro de 2015, 19h02
  • O artigo é sensacional e põe o dedo na ferida. O Dr. Pedro Taques tem que dar um basta nessa história do VLT. Muito boa a intervenção da Kátia, e seu “colega” Olho Vivo! Mas Dilma não é prefeita de Cuiabá e nem governa Mato Grosso. O problema é nosso, temos que resolver. O Antero de Barros foi Conselheiro da SABESP e a água secou em São Paulo. Wilson Santos entregou a prefeitura para o Galindo, e ele nos fez reféns da CAB e da falta de água em Cuiabá. O tucano Guilherme Maluf acompanhou Silval, Eder Moraes, Sergio Ricardo e Jose Riva na viagem à Europa, e o mico do VLT foi acertado. Tem dedos do PSDB e de tucanos de alta plumagem nessa história do VLT. Olho Vivo, se atente: conheço o seu fusca cor-de-rosa! Avise a tucanalha para agir, e parar de viver da propaganda e do ódio.
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  • Olho Aberto

    Terça-Feira, 22 de Setembro de 2015, 14h28
  • Concordo com o narrado pela colega Kátia, e indago também, como se permite esse Vilson Nery que é auditor do estado da CGE, participar de movimentos de sem terra e participar de audiências no horário do trabalho, será que a CGE não olha para o próprio umbigo ou é pros amigos (funcionários) tudo e pro resto a vontade do próximo gestor. Não existe comitê de ética na CGE e a OAB não se manifesta sobre esse sujeito que volta e meia aparece como paladino da moral, sendo um praticante de atos ilícitos costumeiramente; pois faltar ao serviço que te remunera e como, até com Verba Indenizatória que ele condena dos vereadores mas não fala da que recebe né, também é um ato de corrupção! Faça o que digo e não o q faço!!
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  • Katia L Silva

    Terça-Feira, 22 de Setembro de 2015, 09h56
  • E sobre o assalto a Petrobras quando esta franja do PT chamado MCCE vai se posicionar ou o crime que esta ong pelega combate é apenas o praticado pelos adversários. Não vejo moral nesta dupla para criticar ninguém. O tal Ceará precisa explicar como sobrevivência, ou seja, quem paga o pão que ele come.
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