Bastou pouco mais de 24 horas, após ter sido "arrancado" do comando do PPS (que agora passa a ser cavalo de Tróia da Rede Globo/Luciano Huck), numa manobra de lideranças políticas umbilicalmente ligadas ao governador tucano Pedro Taques, para o "Barba" (Percival Muniz) "quebrar o silêncio" e, no meu ponto de vista, se transformar num "fato novo" na sucessão estadual, ao colocar seu nome à disposição para um Projeto ao Governo do Estado, tendo como base a união entre os partidos do campo popular e democrático.
Foi questionado e discorreu sobre a necessidade da união das forcas democráticas e populares, para frear a marcha da insensatez que destrói direitos do povo e fragiliza a economia nacional.
Destacou ainda que as bandeiras da época da redemocratização, dos anos 80, voltam à ordem do dia: "Já lutei pelas liberdades democráticas, o Estado de Direito, o pleno emprego, justiça social, soberania nacional, etc. Hoje precisamos lutar de novo.”
Pelas circunstâncias atuais, com forte ameaça à candidatura Lula, ele defendeu um amplo entendimento nacional das forças democráticas, populares e nacionalistas para encontrar um caminho onde prevaleça a unidade.
Mas para ele, o importante é garantir que o campo que se expressa no apoio massivo ao ex-presidente Lula, às candidaturas Ciro, Manuela, Aldo Rebelo e outras "saia vitorioso para reerguer o pais."
Profetizou que o grande debate nas eleições presidenciais será "no campo econômico", ou seja, sobre os rumos que o País deverá seguir.
Foi exatamente nesta perspectiva que ele disponibilizou seu nome como um possível candidato ao Governo, no intuito de garantir “um palanque” ao projeto nacional e que possa aglutinar outros segmentos descontentes com a condução dos rumos do Estado, visando também a construção de um projeto alternativo em âmbito estadual.
Para ele, é preciso construir em Mato Grosso um "governo popular, com forte participação dos municípios, aberto ao diálogo e que respeite as diferenças". Um projeto focado no desenvolvimento, na descentralização administrativa e na inclusão.
Nós, do PCdoB, temos o maior interesse em discutir um Novo Projeto de Desenvolvimento para o Estado. E mais, daremos nossa contribuição às forcas políticas e ao povo, através do nome da Professora Maria Lúcia, ex- reitora da UFMT, para um projeto ao Senado.
Se antes Pedro Taques corria na raia livre, leve e solto rumo à reeleição, de agora em diante terá que se preocupar com Percival, que deu indicações que poderá vir forte, caso viabilize uma composição aventada por ele, envolvendo PT, PSB, PDT, PCdoB e outras agremiações que estão na oposição ou em conflitos com o atual mandatário do Palácio Paiaguás.
Agora é aguardar as opiniões dos partidos inicialmente citados e ver se esse caldo conseguirá engrossa.
Miranda Muniz – agrônomo, oficial de justiça avaliador federal, dirigente da CTB e do PCdoB/MT.
Saulo Ramos de Souza
Quarta-Feira, 07 de Fevereiro de 2018, 12h04Jo?o S.Netto
Quarta-Feira, 07 de Fevereiro de 2018, 10h01+Marcelo F
Quarta-Feira, 07 de Fevereiro de 2018, 08h59alexandre
Quarta-Feira, 07 de Fevereiro de 2018, 08h37