Opinião Quarta-Feira, 21 de Maio de 2014, 09h:17 | Atualizado:

Quarta-Feira, 21 de Maio de 2014, 09h:17 | Atualizado:

Onofre Ribeiro

Que violência é essa?

 

Onofre Ribeiro

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Onofre Ribeiro

 

As ocorrências policiais de extrema violência, de assassinatos, roubos, uso de drogas e agressões sem limites de humanidade está acontecendo entre jovens com menos de 28 anos, principalmente.

O leitor certamente gostaria de compreender as razões deste descontrole social juvenil. A história vem do começo dos anos 1970.

Esses jovens que hoje estão cometendo barbaridades nasceram a partir de 1980. Eram chamados na época de “órfãos de pais vivos”.

Nos anos 1970, com o “milagre econômico brasileiro”, pela primeira vez na história do país as mães saíram de casa pra trabalhar fora, deixando pra trás famílias numerosas. 

O recém-surgido crediário empurrava pais e mães pro consumo no Brasil. A escola pública, embora fosse de boa qualidade, mantinha só meio dia. No resto, os filhos ficavam com parentes. 

Com o tempo, eles ficaram adolescentes e criados sem pais próximos. Na sua maioria estão acima dos 40 anos de idade. Não aprenderam com as mães, não aprenderam com a escola e tiveram pouco pra ensinar aos filhos. "Esses jovens que hoje estão cometendo barbaridades nasceram a partir de 1980. Eram chamados na época de 'órfãos de pais vivos'"."

Esses tiveram filhos que são os jovens de hoje na faixa dos 28 anos. A escola pública virou escola de pobre e por isso mesmo piorou, porque pobre não tem voz política. 

Faltou aos netos daquelas mães pioneiras do mercado de trabalho a partir dos anos 1970 o mínimo de educação social, como conhecimento de cidadania, de limites individuais, das regras de convivência social, etc.

Do governo Lula para cá, a educação piorou muito além do que vinha, porque o voto dessas camadas sociais pobres tornou-se moeda eleitoral do Partido dos Trabalhadores. 

A intenção é a de que quanto mais analfabetos os jovens, mais fáceis de se dominar com a propaganda governamental de uma falsa prosperidade trazidas pelos programas de inclusão social como o bolsa-família.

Nos anos 1970 as mães deixaram os filhos soltos no mundo, e nas décadas seguintes mal e mal os pais assumem os filhos. Preferiram terceirizá-los às creches, às babás e às ruas, e das classes média pra cima às escolas de período integral. 

Mas, na verdade, ninguém lhes ensina limites. Essa é a questão principal. Os conceitos de trabalho, de mercado profissional e cada vez mais forte a participação das mulheres no mercado, os filhos perderam o papel social.

Os jovens que matam, etc, e que dominam o noticiário policial são em maior número das classes pobres, mas os das classes média e alta também não conhecem limites e cometem barbaridades de outras naturezas. 

Não é de estranhar, portanto, que a violência domine as relações sociais no Brasil atual. 

Os jovens estão sem educação e sem família! E os adultos cuidando de suas carreiras profissionais...!

ONOFRE RIBEIRO é jornalista em Mato Grosso.





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