Opinião Segunda-Feira, 12 de Maio de 2014, 09h:44 | Atualizado:

Segunda-Feira, 12 de Maio de 2014, 09h:44 | Atualizado:

Gabriel Novis Neves

Rondon

 

Gabriel Novis Neves

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Gabriel Novis

 

Ao implantarmos a Universidade da Selva, o primeiro projeto que ocupou o campus Universitário do Coxipó da Ponte, foi à instalação e funcionamento do nosso Museu Rondon, em homenagem a um dos filhos mais ilustres deste Estado.

Como Rondon, chamado de militar sertanista - o único na história do Exército brasileiro, o nosso Museu de pesquisa aplicada, também despertou polêmicas principalmente acadêmicas.

Quebrava paradigmas dos museus tradicionais na sua apresentação e, tinha basicamente como objetivo maior, chamar a atenção do mundo científico, estudiosos e sociedade para o inevitável choque com o “progresso”.

Sua proposta rompia com o tradicional sistema educacional universitário, até então rígido no tripé - ensino, pesquisa e extensão.

Foi o cartão de visitas da proposta da nova universidade brasileira, começando suas atividades pela cultura e desenvolvimento do Estado, porém, não se descuidando dos mandamentos acadêmicos em vigor.

Quando ainda não se valorizava por estas bandas o meio ambiente e, a sabedoria dos povos das florestas aliados indispensáveis para a ocupação racional de grande parte do nosso território, se fez presente o museu Rondon com seus professores, alunos e adesão daqueles que trabalhavam há anos na região, como os irmãos Villasboas, Chico e Apoena Meirelles e todos os pesquisadores da Missão Anchieta com sede em Utiarity.

O museu difundiu aos que os visitavam inspirados na vida e obra de Rondon, o respeito às minorias e o seu habitat.

Durante anos foi a principal referência da nossa universidade, como instituição séria de ensino.

Todas as autoridades que vinham à Cuiabá, a partir do presidente da República, visitavam o nosso museu Rondon, a Oca e a Casa da flauta.

Quarenta e dois anos são passados e no mês do aniversário de Rondon, convidamos o mundo acadêmico, governantes e a nossa sociedade, para uma reflexão sobre os ensinamentos do nosso patrono e suas lições.

Será que a nossa prioridade foi cumprida e a ocupação dos espaços do nosso imenso território, foi o recomendado por Rondon?

O momento é oportuno.

Gabriel Novis Neves é médico e ex-reitor da UFMT





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