Opinião Quarta-Feira, 26 de Fevereiro de 2014, 08h:15 | Atualizado:

Quarta-Feira, 26 de Fevereiro de 2014, 08h:15 | Atualizado:

Sobre nossas ruas e o estádio

Sobre nossas ruas e o estádio

 

Eduardo Póvoas

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Eduardo Póvoas

 

Leio dias atrás no site G1 da Globo que Cuiabá é a cidade onde mais tem ruas com o número um e dois. 

Imediatamente lembrei-me da conversa que tive com um amigo de infância que à época detinha um mandato de vereador, sugerindo a ele que aproveitasse o cargo e homenageasse muitos cuiabanos e não-cuiabanos que escreveram nossa história, nas ruas dos bairros da cidade em detrimento da numeração. 

Muito antes do G1 noticiar, fiz que ele percebesse o tanto de números de ruas existentes na cidade e a importância dessa homenagem a quem recebesse reconhecendo a justiça do ato. 

Sugeri que um bairro homenageasse cantores e compositores da música popular brasileira; outro, cuiabanos ou não que derramaram seu suor ajudando esta terra crescer, e outro com personagens do nosso esporte (local principalmente) que merecem ter uma placa com seu nome no lugar do número um ou dois. 

Meu amigo achou a ideia simplesmente ma-ra-vi-lho-sa, só que seu mandato terminou e sequer apresentou um projeto. 

A rua ao lado da Universidade Federal extraoficialmente se chamava Rua Um, depois passou o ser Avenida Alziro Zarur e só agora, desculpem a falsa modéstia, com sugestão minha, merecidamente chama-se Avenida Edgar Vieira. 

Muitos que trafegam diariamente por essa via não sabem quem foi Edgar Vieira. Para estes, informo que o sr. Edgar Vieira foi um mestre de obras respeitadíssimo por todos desta cidade e que era o proprietário de quase todo (senão todo) o bairro Boa Esperança. 

Teve participação decisiva na construção da igreja de São Benedito que existe no bairro. Merece ou não ter essa homenagem? 

Iguais a ele existem milhares à espera de um reconhecimento que outros tiveram mesmo sem nunca ter posto o pé nesta terra, como é o caso da Ponte Sergio Mota e o título de cidadão cuiabano outorgado ao senhor Ronaldo Caiado, que veio a contragosto receber. 

Imaginem um cidadão como o sr. João Eugenio Pinheiro, um dos maiores pagadores de ICMS deste Estado, um dos homens que mais geraram empregos nesta cidade, sem, até hoje, receber um reconhecimento de nenhum político por tudo que deixou e fez. 

Névio Lotufo, Otavio Pintor, Sebastião Figueiredo, Alaíde Addor, Bela Tabory, Profª Glacildes, Joaquim de Assis e tantos outros formam a fila de espera da ingratidão. 

Ouvi de uma importante autoridade que provavelmente nosso glorioso estádio José Fragelli, o Verdão, poderá depois de pronto, deixar de se chamar José Fragelli. 

Caso seja verdade, convoco desde hoje os cuiabanos que como eu imploraram ao ex-governador Pedro Pedrossian para que aqui construísse um estádio e ele foi construir em Campo Grande, que confirmado esse absurdo, saiamos para as ruas exigir a volta do nome de José Fragelli à Arena Pantanal. 

Gente, será que é muito difícil alguém com um mandato na mão reconhecer tudo isto? 

Será que a maioria que detém esses mandatos conhece um pouco da nossa história ou faz parte da corrente que quer o fim da Secretaria de Cultura? 

Se não conhecem, procurem alguém da terra para auxiliá-lo e evitar homenagear Fidel Castro em Washington. 

NOTA DO ARTICULISTA - Em 7 de junho de 2012, portanto há quase DOIS anos, publiquei na nossa imprensa o artigo acima. Já demonstrava minha preocupação com as injustiças sofridas por quem ajudou a construir nossa cidade e nosso Estado, e que devemos reconhecer e aplaudir. 

Portanto, desculpem meus conterrâneos, mas fui o primeiro a se preocupar em manter o nome do governador José Fragelli no novo estádio. Quem gosta de futebol sabe muito bem da injustiça que sofremos de outros governos quando aqui se praticava o melhor futebol do Estado e foi Campo Grande a escolhida para receber um estádio de futebol. 

*EDUARDO PÓVOAS - cidadão cuiabano 

 





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