O jovem Rhuan Costa Neres, de 18 anos, será julgado hoje pelo assassinato do dançarino e diretor da companhia de dança contemporânea Voo Livre Ballet, Pedro Paulo Góis Medina, de 44 anos, morto a golpes de canivete. O crime ocorreu na madrugada do dia 15 de abril do ano passado no bairro Boa Esperança.
Ele será julgado por homicídio qualificado – motivo torpe e recurso que dificultou a defesa por parte da vítima. O jovem está preso desde o dia do crime. O julgamento está marcado para iniciar às 13 horas, pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá, presidido pela juíza Mônica Cataria Perri de Siqueira.
Preso em flagrante, Rhuan alegou que a vítima queria fazer sexo com ele, mas acabou recusando e, em seguida, desferiu seis golpes de canivete. A vítima chegou a ser levada ao Pronto Socorro de Cuiabá, mas morreu horas depois.
Conforme o delegado, a defesa do jovem exigiu exame de sanidade mental, cujo resultado comprovou que ele não apresenta sintomas de uma pessoa perturbada mentalmente. Durante o depoimento dele, na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, o jovem não demonstrou estar louco.
Segundo o delegado Silas Caldeira, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, as imagens gravadas na frente da casa de Paulo Medina onde funcionava a Academia Voo Livre, não tem evidências da participação de mais pessoas no crime. As suspeitas de mais pessoas passou a existir a partir do momento em que o suspeito é franzino e o dançarino é forte fisicamente. Testemunhas disseram que os dois chegaram na casa horas antes do crime e foi no início da madrugada. Outras 16 pessoas sentarão no banco dos réus este mês.