O juiz João Bosco Soares da Silva, da 10ª Vara Criminal de Cuiabá, concedeu liberdade provisória ao advogado J.A.P., de 73 anos, preso após se negar a cumprir uma decisão judicial de reintegração de posse num edifício localizado no bairro Quilombo, área nobre de Cuiabá. Em um excesso de fúria, ele ateou fogo no apartamento de luxo, ameaçou queimar policiais e puxou uma faca contra eles.
A Polícia Militar foi acionada para dar apoio à oficial de Justiça no cumprimento da reintegração de posse. No local, o advogado se recusou a cumprir a decisão e ainda jogou álcool por todo o imóvel, afirmando que só "sairia de lá morto" e que estava pronto para "matar ou morrer".
Os militares, ao tentarem contê-lo, foram ameaçados pelo jurista, que disse que iria atear fogo na equipe policial e passou a xingá-lo como "policinha de merda, safados, e seus bostas". Não suficiente, afirmou categoricamente que os agentes iriam "perder as fardas".
Quando os PMs finalmente conseguiram entrar no apartamento, o advogado jogou álcool em direção a eles e riscou o fósforo. Por sorte, os agentes não foram atingidos.
As chamas foram apagadas pela própria equipe militar com a ajuda de extintores. Em seguida, o suspeito pegou uma faca para continuar ameaçando os militares. Um agente teve que atirar no chão para que J.A.P. largasse o objeto. Ele fugiu para um quarto onde foi algemado e conduzido à delegacia.
Na audiência de custódia, o juiz João Bosco Soares da Silva concedeu liberdade provisória, mas determinou medidas cautelares, como não se ausentar da comarca da Capital sem autorização, comparecer a todos os atos processuais para os quais for intimado, não poderá mudar de residência e terá que comparecer mensalmente em Juízo e justificar suas atividades.
Cidadao
Quarta-Feira, 18 de Setembro de 2024, 05h52Fábio
Terça-Feira, 17 de Setembro de 2024, 23h22