Polícia Sábado, 23 de Julho de 2022, 17h:30 | Atualizado:

Sábado, 23 de Julho de 2022, 17h:30 | Atualizado:

INQUÉRITO CONCLUÍDO

Agente foi morto por vereador três minutos após sair do carro

Alexandre foi atingido pelas costas e não teve chance de reagir

G1 MT

Compartilhar

WhatsApp Facebook google plus

JAPAO-PACCOLA.JPG

 

O agente penitenciário Alexandre Myagawa de Barros, de 41 anos, morto a tiros nas costas pelo vereador Marcos Paccola (Republicanos), levou três minutos para ser baleado após sair do carro, em Cuiabá. É o que mostra o inquérito policial divulgado nessa sexta-feira (22) pela Polícia Civil.

A investigação aponta para o indiciamento do vereador pelo crime de homicídio qualificado por ter impossibilitado a defesa da vítima, uma vez que ele foi atingido nas costas por três tiros.

Segundo a cronologia do crime traçada pela polícia, Alexandre sai do carro pelo lado do caroneiro, às 19h12. Poucos minutos depois, às 19h16, o vereador é visto fazendo os disparos contra ele, que cai na rua e morre no local.

O homicídio ocorreu no dia 1º de julho, no Bairro Quilombo. No inquérito, a namorada da vítima, Janaína Sá, entra na contramão e quase bate de frente com um motociclista às 19h12, momento em que o casal para o carro e desce para que ela fosse até o banheiro de uma distribuidora de bebidas.

“É possível observar o exato momento em que um veículo de cor branca entra na contramão de frente com o motociclista, que muda de direção bruscamente se espremendo entre os carros estacionados para não ser atropelado”, diz o laudo.

O indiciamento

Laudo aponta marcas de tiros em Alexandre

 

O procedimento foi protocolado no Tribunal de Justiça do estado (TJ-MT) nessa quarta-feira (20), e foi encaminhado ao Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).

O laudo da perícia apontou que a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo pelas costas. De acordo com a perícia, um dos tiros não provocou ferimentos graves. Os outros dois, porém, causaram lesões nos pulmões, diafragma, fígado, átrio e pericárdio, e levaram à perda de muito sangue.

“Após análise das provas testemunhais e fatos registrados pelas câmeras de segurança, foi possível verificar alguns elementos importantes para elucidação do ocorrido, como o fato da  vítima não ter esboçado qualquer reação e a namorada da vítima em nenhum momento ter pedido ajuda a terceiros”, diz trecho do documento.

Os peritos concluíram que a morte do agente foi por “choque hipovolêmico hemorrágico, secundário a trauma torácico por projéteis de arma de fogo”. 

Testemunha

Uma das testemunhas que presenciaram o assassinato de Alexandre Miyagawa disse à polícia que a namorada da vítima, Janaína Sá, pediu que atirasse em todo mundo e que, por isso, ele sacou a arma.

No entanto, afirma que Alexandre, apesar de levantar o revólver para cima, não chegou a ameaçar as pessoas e que tentou a todo momento acalmar a mulher. Segundo a testemunha, Janaína estava “bêbada e muito alterada”.

De acordo com o relato da testemunha, Janaína começou a discutir com várias pessoas que estavam em uma distribuidora de bebidas. Um vídeo mostra a mulher que aparece discutindo. Em seguida, o casal retorna ao carro, com ela indo na frente e Alexandre no encalço dela. O vereador chega por trás, já mirando na vítima, e faz os disparos.

Repercussão política

A Procuradoria da Câmara dos Vereadores de Cuiabá apresentou um parecer favorável ao afastamento do parlamentar Paccola. Para o processo dar andamento, era necessário passar por uma comissão na Câmara.

Porém, a votação foi adiada para depois do recesso parlamentar, no dia 2 de agosto.

Ela entregou no fim da manhã desta quinta-feira (7) um parecer do pedido de afastamento do parlamentar Marcos Paccola (Republicanos), que matou o agente penitenciário Alexandre Miyagawa, de 41 anos, no dia 1° deste mês.

Entenda o caso

Em relato nas redes sociais, a namorada do agente disse que estava dirigindo o carro e que entrou na rua Presidente Arthur Bernardes na contramão, para usar o banheiro de uma distribuidora de bebidas.

Segundo ela, algumas pessoas a repreenderam por ter entrado em alta velocidade na contramão, mas negou que tivesse ocorrido qualquer briga.

Paccola disse que agiu rapidamente porque percebeu que um homem armado andava atrás de uma mulher e teria uma possível briga.





Postar um novo comentário





Comentários (9)

  • rachadinha

    Domingo, 24 de Julho de 2022, 16h07
  • #paccolanacadeia
    1
    1



  • Marcos Justos

    Domingo, 24 de Julho de 2022, 08h31
  • Realmente as câmeras não deixam DÚVIDAS que o VEICULO com a piriguete e o inconsequente CRUZOU um SEMÁFORO FECHADO e PELA CONTRA MÃO colocando em RISCO a vida das pessoas ali próximas. Pelo menos agora isso não ira acontecer mais. Se o então falecido não tivesse cruzado pela contra mão, a piriguete não tivesse fazendo escândalo, o falecido não tivesse com a ARMA EM PUNHO. Nada disso teria acontecido. Toda ação tem uma reação.
    1
    0



  • Cidadão Matogrossense

    Sábado, 23 de Julho de 2022, 21h03
  • Ué, não vi nenhuma manifestação da Politec sobre os videos das câmeras e dos áudios/videos dos celulares. Esse material todo não tinha que ter passado por lá? E encerraram o inquérito mesmo assim?
    0
    1



  • Cidadão

    Sábado, 23 de Julho de 2022, 20h57
  • Que sirva de exemplo pra aqueles que têm arma, ficar se exibindo, ameaçando os outros no meio da rua sem ninguém saber quem é vai tomar tiro mesmo ou agora a área central de Cuiabá virou terra sem lei ? Pode andar na contra mão em alta velocidade colocando a vida de terceiros em perigo, sacar a arma no meio de aglomerado de pessoas na área central quer o que ? Quem caça acha
    1
    0



  • Silas

    Sábado, 23 de Julho de 2022, 19h58
  • Com essa câmara, quando não é amiga é conivente com esse tipo de bandido.
    16
    4



  • Wellington

    Sábado, 23 de Julho de 2022, 19h20
  • #paccolanacadeia
    27
    3



  • José

    Sábado, 23 de Julho de 2022, 18h55
  • E eu que pensava que a justiça de mato grosso seguia a constituição onde tem uma lei que fala que somos todos iguais perante a lei ( o assacino não precisou nem pagar fiança para ficar em liberdade se fosse um cidadão qualquer estava amargando atrás das grades e teria saído do local do crime algemado) ???ou somos todos iguais perante a lei ou não existe justiça?
    22
    2



  • Bruno

    Sábado, 23 de Julho de 2022, 18h12
  • Ainda continua vereador?? Ótima representação na câmara kkkk?. Se fosse um qualquer a esta hora estava vendo o sol nascer quadrado?
    24
    2



  • Almeida

    Sábado, 23 de Julho de 2022, 17h59
  • Meu na moral esse assunto já deu todo dia o folhamax vai e lança essas matérias Picadas. Se o inquérito já foi concluído então para de ficar fazendo esse sofrimento com a família! Meu já deu chega todo dia se a família vê esse tipo de matéria sensacionalista alguém sofre! Já deu
    8
    18











Copyright © 2018 Folhamax - Mais que Notícias, Fatos - Telefone: (65) 3028-6068 - Todos os direitos reservados.
Logo Trinix Internet