Com passagens pelo exterior, o ex-jogador de futebol João Lennon Arruda de Souza, vulgo 'Jhon Lennon', preso na Operação Ragnatela, já tinha passagens criminais por outros delitos cometidos anteriormente, também envolvendo o tráfico de drogas. Para a facção Comando Vermelho, o ex-atleta cuidava da parte 'operacional' do grupo, ficando encarregado de recolher o dinheiro das drogas.
Ele foi preso, juntamente com o líder da facção, Joadir Alves Gonçalves, vulgo 'Jogador', no último sábado (1º) no Aeroporto Santos Dumont durante uma viagem ao Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, o grupo é suspeito de lavar dinheiro com a realização de shows nacionais. Ele é "dono" do Clube CT Mangueiras, no Praeirinho em Cuiabá, que também seria usado para lavagem de dinheiro. Além disso, possuía uma relação muito próxima com o líder da facção e tinha respeito do grupo.
"Joadir é o responsável pelo recolhimento de ganhos obtidos pela facção através de venda de drogas e pagamentos de valores relacionados à “lojinha” e à “camisa”, em bairros de Cuiabá e Várzea Grande. A operacionalização de recebimento é realizada pelos indivíduos de nome Joanilson de Lima Oliveira, vulgo Japão e João Lennon", consta em trecho do inquérito policial.
Inclusive, não foi a primeira vez que os faccionados visitavam a Cidade Maravilhosa. Conforme PF, foram registradas ocorrências nas quais Lennon aparece dando 'voltinhas' com o carro do 'testa de ferro' da facção, Wilian Aparecido da Costa Pereira, vulgo 'Gordão'. O ex-atleta, inclusive, tem uma caminhonete S-10 preta em seu nome, mas de posse do líder da facção.
A operação foi deflagrada na última quarta-feira (5) pela Polícia Federal e investiga um esquema de lavagem de dinheiro do Comando Vermelho usando quatro casas noturnas de Cuiabá com o envolvimento de servidores públicos, promoters, vereador, blogueiras e até policiais penais que facilitavam a entrega de celulares em um presídio que auxiliava a comunicação dos criminosos.
OUTRAS PRISÕES - Não é a primeira vez que João Lennon é preso. Em 2017, quando era lateral-direito e capitão do Clube Esportivo Dom Bosco, ele foi detido pela Polícia Militar por posse de drogas e teve um mandado de prisão em aberto cumprido em uma abordagem a um carro que estava parado na região do “Zero Quilômetro”, no bairro Jardim Potiguar, em Várzea Grande, reduto de prostituição frequentado por travestis, garotas de programa e traficantes.
Ele estava em um carro na companhia de outros três amigos quando foram abordados e com o condutor foram encontrados R$ 2,6 mil em espécie além de porções de cocaína. Todos foram levados à Central de Flagrantes. Na delegacia, ao checarem os documentos dos envolvidos, foi constatado que o então jogador tinha um mandado de prisão em aberto pelos crimes de roubo e tráfico de entorpecentes no ano de 2009, quando tinha 18 anos e deveria ter cumprido a pena de 5 anos e quatro meses de prisão no regime semiaberto.
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