Polícia Segunda-Feira, 30 de Outubro de 2023, 21h:29 | Atualizado:

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TRAGÉDIA

Ata revela que sargento já havia falado em matar colega em MT

 

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Gabriel Castella Willian Nascimento

 

O 3º sargento da Polícia Militar Polícia Militar Gabriel Castela Cardoso, 34, já havia dito que “teve vontade de matar” o 2º sargento Willian Ferreira e se matar. Também passou por tratamento psiquiátrico por conta das desavenças com o superior no batalhão em que eram lotados em São José do Rio Claro (315 km a Médio norte). Revelações constam em ata de reunião realizada com o comandante da unidade Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos em 13 de outubro de 2022.

No dia 21 de outubro, Gabriel concretizou a “vontade” revelada um ano antes e matou o sargento Willian Ferreira a tiros, no interior de uma unidade policial, após um desentendimento. Preso, ele se matou com tiro na cabeça na tarde do dia seguinte.

Depoimento ao qual o  teve acesso narra que a reunião foi solicitada pelo comandante a fim de sanar desavenças entre os militares. Na ocasião, ambos militares disseram que os atritos eram por conta do comportamento de ambos. Gabriel não concordava com o tratamento que Willian, seu superior, dava aos subordinados.

Anterior a isso, ambos tinham se desentendido por conta da cautela de um fuzil. Também contribuía para a animosidade entre ambos os rumores de que Gabriel teria dito que Willian queria “comandar o quartel”. Versão que foi desmentida por Gabriel, que disse evitar comentar sobre o colega de farda.

“Gabriel adicionou que, de fato, criou uma mágoa em relação a William, e que, no dia da desavença do fuzil, teve vontade de matar William e, inclusive, teve vontade de se matar. Adicionou que ficou cinquenta dias digerindo a situação, necessitando de atendimento psiquiátrico e medicação, vez que ficou muito nervoso”, consta no documento. Não há detalhes sobre o motivo da briga por conta do armamento.

Mais adiante no depoimento, Gabriel disse que se arrependeu do que comentou e que estava em surto nervoso. Fato foi testemunhado pelo comandante Cristyano Cássio, que recebeu atestado médico do militar.

Ao comentar as acusações de Gabriel, de que não tratava bem os militares de patente inferior, Willian negou. “William disse que trata o subordinado com urbanidade, mas que é militar antigo, e que se comporta em seu trato com os demais militares da maneira como aprendeu”, diz a ata.

Por fim, Gabriel justifica que muito do mau relacionamento que tem com William se deve a comentários maldosos ou brincalhões que são feitos pela tropa. Após a reunião, ambos seguiram trabalhando juntos, mesmo com as desavenças e o desejo que Gabriel tinha de matar o colega de farda.

Assinaram a ata da reunião o comandante, tenente-coronel Cristyano Cássio Gonçalves de Vasconcelos, o 1º tenente Mateus Leandro Ferreira Nunes, a vítima, 2º sargento Willian Ferreira e o acusado 3º sargento Gabriel Castella Cardoso.

O caso

Gabriel matou Willian a tiros dentro da unidade no dia 21 de outubro. No dia seguinte, mesmo preso, ele conseguiu acessar sua arma e tirar a própria vida. Situação gerou grande comoção no batalhão e em todo o estado. O comandante Crystiano Cásso foi afastado do cargo e os militares remanejados para outras unidades, uma vez que estavam todos muito abalados.

A Polícia Civil apura as mortes e a Corregedoria da Polícia Militar também age no caso.





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Comentários (6)

  • RSANTOS

    Terça-Feira, 31 de Outubro de 2023, 14h28
  • Ai esta uma falha gravíssima dos superiores, que não transferiu uns dos sargentos de batalhão... e ao serviço medico da corporação fica comprovado a responsabilidade em não tomar providencias mais preventivas.
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  • Angela

    Terça-Feira, 31 de Outubro de 2023, 08h37
  • NÃO sou a favor de militarização de escolas por isso. Se policia fosse bom exemplo pra crianças. NÃO haveria esses tipos de crime e nem filho de militar BANDIDOS ATÉ A TAMPA!!! DE DROGAS COMO SOU ACOSTUMADA ATENDER NO PRONTO ATENDIMENTO . com todo respeito ha alguns poucos policiais honestos . Que ainda resistem.
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  • Rodrigo luz

    Terça-Feira, 31 de Outubro de 2023, 08h29
  • Infelizmente duas vidas perdidas duas famílias destruídas.. porém era nítido a insubordinação do 3 SGT. Não aceitava não respeitava determinação do SGT mas antigos deveria ter pedido transferência deveria nem está na pm pois era psicologicamente incapaz os relatos falar por si. E a incapacidade de Cmdo do oficial superior e surpreendente deveria responder ser penalizado e tão responsável quando oque atirou em William.
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  • Antonio

    Terça-Feira, 31 de Outubro de 2023, 06h53
  • Vendo o comentário acima, eu acho que essa pessoa não sabe o que é desmilitarização porque mesmo a corporação sendo regido por disciplina e hierarquia acontece isso imagina onde ninguém respeita ninguém, imagina todos virando um bando porque desmilitarização perde a obrigação de proibições de greve, imagina o problema que isso iria causar, era vestir um santo e desvestir o outro, para pensar e comentar tem que no mínimo conhecer as leis e regulamento atinentes a corporação
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  • Funcionario Publico Estadual

    Terça-Feira, 31 de Outubro de 2023, 06h29
  • Se isso aconteceu mesmo a PM foi omissa por nao fazer nada para os sargentos triste realidade na gloriosa PM nao sou PM mais tenho muitos amigos la muitos estao doentes e nao fazem nada para ajudar e o Sociedade que falou isso nao precisa ser Delegado para comandar la nao é preciso sim ser humano com o proximo mesmo que seja cabo ou praca isso sim
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  • Socidade

    Segunda-Feira, 30 de Outubro de 2023, 23h12
  • Isso só vai mudar no dia que desmilitarizar, aqui ninguém liga para praça, infelizmente.se um delegado de polícia assumisse como chefe de todas as polícias tudo mudaria.
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