A Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso (DPEMT) alerta a população do município de Sorriso sobre tentativas de golpes que estão sendo aplicados contra pessoas atendidas pelo órgão. Criminosos estão enviado mensagens de WhatsApp para os cidadãos, informando que essas pessoas tiveram causa ganha em processos judiciais e que existem valores em nome delas, bloqueados. E, para que tenham acesso a valores de mais de R$ 30 mil, devem antes fazer pagamentos de guias, por meio de Pix, em valores de R$ 1 mil a R$ 2 mil.
O defensor público que atua na comarca, Thiago Morato, informa que os golpistas se apresentam como sendo da Defensoria Pública. Ele relata que em um dos casos, usaram o nome de uma das estagiárias que atua na recepção do órgão e, em outro, usaram a foto de uma assessora jurídica da DPEMT. Após serem vítimas da tentativa de golpe, os cidadãos procuraram servidores do órgão para se certificarem da veracidade das mensagens. Lá, foram informados que o órgão não faz esse tipo de abordagem é que a prática é crime de estelionato. De posse dos prints das conversas encaminhadas por essas pessoas, o defensor encaminhou um ofício ao delegado da Polícia Judiciária Civil da Comarca, João Lucas Guimarães, solicitando providências.
“Tão logo tomamos conhecimento de que haviam pessoas usando o nome do órgão, imagens e nome de nossos servidores, na tentativa de lesar pessoas atendidas por nós, comunicamos à Delegacia de Polícia para que investiguem. Agora, precisamos que as pessoas estejam atentas que a Defensoria Pública não cobra qualquer valor pela prestação de qualquer dos seus serviços. E que, diante de abordagens como essas, verifiquem a veracidade das informações antes de tomar qualquer decisão”, alertou o defensor.
Nas mensagens, os golpistas usam linguagem formal, dados aparentemente legítimos de processos e geralmente afirmam que a pessoa deve fazer o pagamento imediatamente, ou em até 24h, para ter valores de mais de três dezenas liberados. Em pelo menos um dos casos, o golpista se apresenta como estagiária da Defensoria Pública, anexando imagens com trechos do sistema PJe, com intenção de dar credibilidade ao golpe.
A Defensoria Pública reforça que toda comunicação com os assistidos ocorre por meios oficiais e com total transparência. Reafirma que o órgão não pede transferência de pagamentos de qualquer valor por Pix ou qualquer outra forma e que, ao ser vítima de qualquer abordagem desse tipo, não repasse dados pessoais ou bancários e procure imediatamente o Núcleo da Defensoria Pública de sua cidade.