A quebra do sigilo do telefone celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado com pelo menos 10 tiros na noite desta terça-feira (5), no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, será decisiva para que os investigadores da Polícia Civil solucionem o caso e encontrem o responsável por encomendar o crime. O item foi apreendido pela Polícia Civil após a morte do jurista.
No entanto, conforme apurado pelo FOLHAMAX com absoluta exclusividade, familiares de Roberto tentaram recuperar o aparelho depois que o objeto foi confiscado pelas autoridades. Agora, os investigadores aguardam uma decisão judicial que autorize a quebra de sigilo telefônico para vasculharem o conteúdo armazenado no celular, que pode abrir "caminho" para as mais variadas investigações.
Em coletiva de imprensa concedida nesta quarta-feira (6), o delegado responsável pelo caso, Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a principal hipótese averiguada pelos investigadores é de que a execução de Roberto tenha sido motivada por sua atividade laboral. Isso porque o escritório de advocacia do qual o jurista era sócio atuava principalmente na área de Direito Agrário e com processos envolvendo cifras milionárias.
O delegado acredita que o crime foi encomendado devido à maneira fria, covarde e traiçoeira que foi cometido. Segundo Farias, o suspeito premeditou o homicídio e inclusive utilizou uma caixa de isopor para abafar o barulho dos disparos, uma vez que o escritório de advocacia da vítima está situado nas proximidades de um batalhão da Polícia Militar. Dessa forma, Roberto sequer teve chances de defesa.
Devido à linha de investigação, relacionada ao trabalho de Roberto, todos os processos que tramitam no escritório serão averiguados. No entanto, outra situação que está sendo apurada como possível motivação é um boletim de ocorrência registrado em 2021 por um cliente de Roberto. À ocasião, o homem relatou que o jurista teria se apropriado indevidamente de R$ 500 mil pertencentes a ele no ano de 2015.
O CRIME
Zampieri foi executado com ao menos 10 tiros de uma pistola calibre 9 milímetros, em frente ao seu escritório de advocacia na Rua Topázio, no bairro Bosque da Saúde. O assassino ficou cerca de uma hora embaixo de uma árvore esperando a vítima sair do local e cometer o crime. Em seguida, ele fugiu, usando um boné e camiseta de cor preta.
No momento do assassinato, o jurista estava com R$ 11 mil em espécie. O advogado está sendo velado na Capela Santa Rita, na tarde desta quarta-feira (6) e o sepultamento deverá ocorrer na quinta-feira (7).
JOSEH
Quarta-Feira, 06 de Dezembro de 2023, 23h43JOSEH
Quarta-Feira, 06 de Dezembro de 2023, 23h40Sérgio
Quarta-Feira, 06 de Dezembro de 2023, 23h08