A empresária Emanuely Félix já possui uma extensa lista de processos na Justiça. São mais de 20 ações - a maioria se refere a danos morais. Contudo, o número de processos deve aumentar após falir e deixar seus clientes sem os serviços contratados e seus fornecedores sem pagamento. Ao todo, foram 78 contratos que não foram cumpridos.
Só neste ano, são sete processos distribuídos, que tramitam no Juizado Especial Civil. O último processo na lista foi distribuído no dia 23 de março, ou seja, na última segunda-feira.
O advogado da decoradora, Sergio Batistella, esteve com ela durante sua apresentação na Delegacia Especializada do Consumidor (Decon) na quinta-feira (23), e afirmou que ela já responde alguns processos por danos morais, mas que não há nada relacionado a calotes, como havia sido divulgado.
Alguns clientes que realizaram o boletim de ocorrência após o sumiço já afirmaram que vão buscar representação da Justiça para não saírem no prejuízo. Ao menos 15 casais fizeram o BO.
Vale ressaltar que acionar a polícia e a Justiça equivale a duas coisas diferentes. O inquérito instaurado pela delegada Ana Cristina Feldner, do Decon, visa à apuração do caso sob a ótica criminal. Para garantir o ressarcimento financeiro, as vítimas devem entrar com uma ação por danos morais.
A decoradora desapareceu de Cuiabá na quinta-feira (19), mas a certeza da fuga só aconteceu no dia seguinte. Ela não honrou com os compromissos, não atendia telefone e suas clientes entraram em desespero.
A cena mais comovente foi de uma debutante, que teria sua festa de 15 anos decorada por Emanuely, mas não aconteceu. Em seguida, um grupo de noivas se mobilizou e foi até o plantão metropolitano registrar o sumiço da empresária.
Feldner alertou que a situação da mesma piorou com a fuga. “Ela deveria ter encarado o problema de frente”. Por enquanto a empresária segue em liberdade, caso haja necessidade, a prisão dela será decretada, antes ou no fim da conclusão do inquérito policial.