Polícia Sexta-Feira, 21 de Março de 2014, 14h:23 | Atualizado:

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CASA DE CÂMBIO

Delegado não pedirá prisão de PM por mortes de colega e atendente

 

Da Redação

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Para delegado, PM reagiu a violência do mecânico que assaltou casa de câmbio

Laudo do Instituto de Criminalística, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), aponta que os tiros que mataram a funcionária da Casa de Câmbio Rápido, Karina Fernandes Gomes, 19, e o soldado da Polícia Militar, César Fernandes Rodrigues, 27 anos, saíram da pistola do soldado L.A.S. As duas mortes ocorreram na tarde do dia 24 de fevereiro, na Avenida Getúlio Vargas, na região central de Cuiabá.

“Segundo o laudo, os projeteis retirados dos corpos das vítimas e os fragmentos de projeteis encontrados no local de crime, todos eles foram expelidos pela arma do policial militar L.. São compatíveis com a pistola utilizada pelo policial”, disse o delegado Walfrido Franklin Nascimento, em entrevista na sede da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), na manhã desta sexta-feira (21.03).

Conforme o delegado, o soldado vai responder pelas duas mortes, da funcionária e do colega de trabalho. “O policial militar foi interrogado e responderá pelos crimes de homicídio contra as vítimas Karina e Danilo. Contudo, temos o entendimento que de fato ele respondeu a uma agressão injusta de Edilson, a pessoa que deu causa a toda essa tragédia. Então, analisando todos os indícios que temos até o presente momento, não é nossa intenção representar pela prisão preventiva do policial”, detalhou o delegado.

O laudo foi entregue nesta semana à DHPP, e, segundo o delegado, esclareceu a hipótese de que os disparos havia saindo da arma do policial sobrevivente, que reagiu a tentativa de assalto. “Tanta a narrativa do policial quanto do Edilson são plausível.   Edilson já confessou que o objetivo dele era roubar e teria confundido o policial com um vigilante. Ele pretendia,  na oportunidade em que virou apontando a arma, render o vigilante. Por sua vez, o policial já tinha detectado suspeita do comportamento daquela pessoa quando ele entendeu que seria alvejado, como de fato no entendimento dele, quem efetuou o primeiro disparo teria sido o Edilson, então respondeu aquela agressão do Edilson atirando contra ele”, esclareceu a dinâmica dos fatos o delegado.

No inquérito policial foram ouvidas 16 pessoas, entre elas o interrogatório do suspeito Edilson Pedroso da Silva, 28 anos, preso em cumprimento de mandado de prisão temporária (30 dias), no dia 26 de fevereiro, na comunidade Baús, no município de Acorizal (62 km ao Norte), onde estava escondido na casa do pai, depois da tentativa de assalto na Casa de Câmbio.

O policial militar sobrevivente foi ouvido na quinta-feira (20.03). Ele responderá por homicídio. “Em tese ele está resguardado por uma legitima defesa”, disse o delegado Walfrido.

A arma, uma pistola ponto 40, usado pelo suspeito Edilson foi apreendida no mesmo dia  de sua prisão, na casa de um adolescente, em Várzea Grande, que teria escondido a arma a pedido do suspeito. A pistola de Edilson e as duas pistolas ponto 40 dos policiais militares envolvidos na ocorrência foram submetidas ao confronto balístico, resultando no esclarecimento dos tiros que terminaram com as vítimas mortas.

O acusado Edilson responderá por roubos de dois carros e uma motocicleta, ocorridos durante a fuga, e pela tentativa de roubo da Casa de Câmbio. Ele terá o pedido de prisão preventiva representado no final da investigação,  caso a o delegado Walfrido consiga finalizar o inquérito policial na próxima semana. “Ainda faltam dois laudos para terminar o inquérito”, disse o delegado.

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