Marcelo Ochoa de Freitas, 46 anos, o homem que matou a ex-companheira Francisca Alves Nascimento, 35, a facadas na noite de 15 de janeiro, em Lucas do Rio Verde, teve uma denúncia feita contra policiais civis arquivada. O agressor afirmava que quando foi preso, não recebeu alimentação adequada, não pôde avisar seus familiares sobre a prisão e teve que ficar detido apenas de cueca.
Em uma decisão que converteu a prisão em flagrante de Marcelo em prisão preventiva, o juiz Fábio Petengill, da Segunda Vara Criminal de Lucas do Rio Verde, determinou uma investigação por parte da Corregedoria sobre os fatos relatados pelo feminicida.
No entanto, o delegado Adriano Peralta, da Corregedoria-Geral da Polícia Civil, não identificou elementos suficientes para instaurar um procedimento administrativo ou criminal contra os servidores da PJC, mas recomendou evitar que os detentos fossem mantidos apenas com roupas íntimas, bem com orientou que encaminhe todos os detentos autuados ao Sistema Prisional com a maior brevidade possível.
"Evite deixar presos custodiados apenas com roupas íntimas (exceto em caso de risco fundamentado de suicídio ou circunstâncias assemelhados que assim o autorize); remeta todo e qualquer preso autuado ao Sistema Prisional com a maior brevieade possível, com o fim de evitar eventual falta de alimentação aos mesmo", traz trecho do documento divulgado pelo Olhar Direto.
O Caso
Motivado por vingança, Marcelo atacou Francisca em uma calçada em frente à rodoviária de Lucas do Rio Verde. O crime foi capturado por câmeras de segurança, com vários carros passando pelo local enquanto a vítima sofria as facadas.
Nas imagens, é possível ver que Francisca tentou lutar por sua vida, mas Marcelo conseguiu esfaquear seu pescoço, tórax e rosto. Ela foi socorrida, mas faleceu a caminho do hospital.
Após o crime, ele tentou fugir, porém acabou sendo preso em flagrante logo depois. Sua prisão preventiva foi determinada pelo juiz Fábio Petengill, da Segunda Vara Criminal de Lucas do Rio Verde.