Polícia Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 06h:43 | Atualizado:

Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 06h:43 | Atualizado:

OPERAÇÃO ASSEPSIA

Diretores e 3 policiais são presos por colocar freezer com celulares em presídio de Cuiabá

GCCO filmou reunião de grupo de servidores com líder de facção criminosa

Da Redação

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A Polícia Civil de Mato Grosso cumpre na manhã desta terça-feira sete mandados de prisão e 8 ordens de busca e apreensão, na operação “Assepsia”, deflagrada após investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) sobre a entrada de aparelhos celulares em unidades prisionais do Estado. Entre os presos está o diretor da Penitenciária Central do Estado, Revétrio Francisco da Costa, o sub-diretor Reginaldo "Peixe", e ainda três policiais militares.

Líderes de uma facção criminosa também estão entre os que tiveram mandados cumpridos. Os mandados de prisão foram decretados  cinco servidores públicos e dois internos da Penitenciária Central do Estado (PCE).

As 15 ordens judiciais são pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foram expedidas depois de representação dos delegados e manifestação favorável do Ministério Público Estado, via o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (GAECO). No dia 6 de junho, na Penitenciária Central do Estado (PCE), foram localizados 86 aparelhos celulares, dezenas de carregadores, chips e fones de ouvido.

Todo material estava acondicionado dentro da porta de um freezer, que foi deixado naquela unidade para ser entregue a um dos detentos. Equipes da GCCO estiveram na PCE e verificaram que não havia nenhum registro de entrada ou mesmo informações acerca da entrega do referido eletrodoméstico.

Diante dos fatos e da inconsistência das informações, todos os agentes penitenciários presentes foram conduzidos até a Gerência e questionados sobre os fatos. No mesmo dia, a autoridade policial determinou a apreensão das imagens do circuito interno de monitoramente da unidade, que foram extraídas por meio da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).

Por meio dos depoimentos, da análise das imagens e conteúdo de aparelhos celulares apreendidos e ainda, da realização de diversas diligências, foi possível identificar e comprovar de maneira robusta, que três policiais militares, dentre eles um oficial de carreira, foram os responsáveis pela negociação e entrega do freezer recheado com os celulares.

REUNIÃO GRAVADA 

Com a ciência do diretor e do subdiretor da unidade, os militares enviaram o aparelho congelador que era destinado a um dos líderes de uma facção criminosa atuante no Estado. Ao longo das investigações, a Polícia Civil conseguiu comprovar que nomesmo dia, duas horas antes do freezer ser interceptado, os três militares e os diretores da unidade, participaram de uma reunião a portas fechadas com o preso líder da organização criminosa, por mais de uma hora, dentro da sala da direção. "Toda a dinâmica dos fatos foi registrada pelas imagens da unidade prisional”, aponta o relatório da investigação.

No decorrer das investigações, ficou constado ainda que o veículo utilizado para a entrega do freezer, na unidade, pertence a outro reeducando, que também é considerado uma das lideranças da mesma facção. Esse reeducando divide cela com o destinatário do equipamento.

Além das prisões preventivas dos servidores públicos e dos líderes da facção criminosa, serão cumpridas medidas de busca e apreensão nas dependências da Penitenciária Central do Estado. O inquérito será concluído nos próximos 10 dias.

Os investigados poderão responder pelos crimes de integrar organização criminosa, corrupção passiva e ainda por facilitação de entrada de celulares em estabelecimento prisional.

 

 





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Comentários (12)

  • Ailton de S?

    Quinta-Feira, 11 de Julho de 2019, 16h12
  • Atenção GCCO! investigue as unidades do interior também, cara que ia de moto velha pra penitenciária, hoje bate de hillux, casa toda reformada, rancho e tudo mais.
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  • Luiz CarlOS

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 17h01
  • Meu caro Rui, realmente os caras ficam tão manso/acostumados coma a impunidade, que não estão nem ai pra câmeras e tudo mais que há que possa incrimina-los. Mas uma hora a casa cai. Como caiu. KKKK....
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  • Robson

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 12h56
  • Que mico; em reunião, ontem,no GMF quem o secretário adjunto levou de chaveiro e ainda anunciou: O diretor da PCE, hoje preso. E tá como hoje? Com o rabicó entre as pernas?
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  • Patriota

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 09h43
  • Surgiram mais 2 vagas #nomeiaagepenjá
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  • RUI

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 09h20
  • Uma hora a casa cai. É preciso investigar o enriquecimento deste povo. Estão tão acostumado com a coisa ilícita e não acontecer nada que não escondem o produto do ilícito. É casa, carro, festa que não condiz com o salário. De algum lugar tinha que sair do dinheiro. O pior é achar que estes atos são normais. É preciso investigar o comércio dentro das cadeias, com a conivência de secretários, ministério público. judiciário. Uma vergonha pra quem trabalha direito.
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  • Brazil

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 08h23
  • STRELINGUETA,NOSSO FUTURO POLITICO E NOSSO SERGIO MORO PANTANEIRO.
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  • Carlos Roberto

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 08h20
  • Poe os nomes dos policiais militares presos oras..
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  • waldir

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 07h57
  • Não vejo a hora desses bandidos se juntarem aos que já se encontram presos
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  • Dito Gon?alo

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 07h49
  • Grande novidade !! Até eu que sou besta sei que a própria polícia coloca celular dentro do presídio. Depois fazem operação de araque para tomar, mas tomam só dos bobos, os que tem grana continuam com os aparelhos.
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  • cuiabano

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 07h37
  • Isso é uma grande vergonha, por isso é difícil combater a criminalidade, os próprios caras contribui com a bandidagem dentro e fora do presídio!!
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  • Carlos Fortes

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 07h21
  • Um tapa na cara do judiciário, da SESP, da SAAP, que aplaude maluco. Um agente sem noção, metido a fodão, "caçador de bandido". Aliás, é comum agente bandido ser ovacionado no sistema penitenciário, tipo o 01. Se for puxar a fila, vai falta vaga na cadeia. Aguardemos novas prisões.
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  • LIMA

    Terça-Feira, 18 de Junho de 2019, 07h12
  • Sempre diziam que diretor era legalista. Correto. Incorruptível. Pelo jeito nada a ver.
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