Por falta de vagas na Cadeia Pública do Capão Grande, 12 presos são mantidos desde segunda-feira (7) em 3 celas pequenas da Central de Flagrantes de Várzea Grande, onde não há comida, espaço para dormir e local para tomar banho. Os acusados respondem pelos crimes de assalto, roubo, furto e violência doméstica.
Um dos detentos passou mal na tarde de ontem e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) teve que ser acionado para prestar o atendimento médico. O mal-estar foi provocado pela falta de alimentação adequada e excesso de calor dentro do cubículo.
Um pequeno banheiro, com apenas um vaso sanitário e sem chuveiro, atende as celas que não suportam o atual número de presos. Como a nova política prisional não prevê cadeia dentro das delegacias, não existe fornecimento de alimentação para os acusados, que estão comendo resto das marmitas dos funcionários da Central.
O problema teve início no dia 7, quando a Polícia Civil tentou transferir os presos para o Capão Grande, mas foi impedido pela Justiça diante da falta de vagas. A cadeia tem capacidade para 350 homens e já abriga 362.
Com isso, nos últimos 5 dias nenhuma pessoa teve autorização para ser encaminhada a unidade prisional e aguarda na Central de Flagrantes. Normalmente, o preso não passa mais de 24 horas dentro da delegacia, justamente pela falta de condições básicas de alimentação e acomodação.
OUTRO LADO
A Secretaria de Justiça e Direi-tos Humanos (Sejudh) confirma a falta de vagas na cadeia de Várzea Grande e explica que ainda não foi comunicada sobre o interes-se de transferência dos presos para Cuiabá.