O advogado Rodrigo Pouso, que patrocina a defesa do empresário Idirley Alves Pacheco, de 40 anos, reafirmou a versão do cliente, que alega que o ex-jogador de vôlei da Seleção Brasileira, Everton Fagundes Pereira da Conceição, de 46 anos, em Cuiabá, estaria extorquindo o cliente durante a divisão de bens em decorrência da separação da esposa, com quem tem uma filha. Em entrevista coletiva, Pouso afirmou que Idirley conheceu Everton em um jantar, que contou com a presença de um pastor, e que teria ficado combinado que o ex-jogador ajudaria na partilha dos bens.
Posteriormente, o empresário percebeu que Everton estaria levando alguns bens. Questionado sobre a extorsão e o que estaria em jogo nesse contexto, o advogado disse que Everton teria levado uma Amarok, metade de um terreno e R$ 70 mil.
Pouso também afirmou que o crime não foi premeditado nem passional. Nesse sentido, o advogado classificou como estranho o fato de a ex-esposa estar em outra caminhonete acompanhando a Amarok onde estavam Idirley e Everton.
O crime ocorreu na última quinta-feira (10), no Bairro Paiaguás, em Cuiabá. Uma caminhonete VW Amarok prata, em alta velocidade, bateu de frente com uma Ford 350 verde.
Em seguida, o motorista da Ford 350 e um frentista ouviram barulhos de tiros e viram um homem saindo da Amarok e fugindo em direção ao Parque das Águas. Everton foi encontrado morto a tiros no banco do motorista da Amarok.
"Esse Everton entrou no meio do casal para fazer uma conciliação e, posteriormente, achou que essa pessoa estava levando todos os bens dele. Ele (o cliente) teria chamado para levar o carro para guardar, mas Everton mudou o local, e foi nesse momento que ele desceu antes para perguntar para a esposa o que estava acontecendo. Ela ficou apavorada, ele (Idirley) entrou atrás, se apropriou de uma faca, mostrou para Everton, que então arrancou a arma e começou lá o negócio", argumentou.
O suspeito afirmou em depoimento que os tiros foram acidentais, decorrentes da batida entre as caminhonetes. Nesse contexto, o advogado reforça que o crime não foi premeditado. "Não houve planejamento. Idirley entrou no veículo que estava com sua esposa e seu filho, ainda na casa da sogra", detalhou
Durante a coletiva, o advogado foi questionado sobre o que Everton estaria extorquindo, ocasião em que respondeu. "Uma Amarok, metade de um terreno, R$ 70 mil [não há especificação da origem desse dinheiro ou se era correspondente a algum bem]. Everton disse que estava fazendo para a esposa; o correto seria levar essa questão a um escritório. Tem que ouvir ela de novo. Pega outra caminhonete e vai atrás", finalizou.
O suspeito, de 40 anos, se apresentou na DHPP, onde foi interrogado. Ao delegado Caio Fernando Alvares Albuquerque, titular da DHPP, o suspeito alegou que Everton que estava armado e que ele tomou a arma da vítima, houve a colisão e depois os disparos. “O interrogado apresenta a versão de que desconfiou que a vítima e sua ex-esposa estavam tramando para extorqui-lo no tocante aos bens da separação”, disse o delegado após ouvir o suspeito.
O investigado será encaminhado para audiência de custódia, ficando à disposição da Justiça.
A MORTE
O crime ocorreu na última quinta-feira (10.7), no Bairro Paiaguás, em Cuiabá. Uma caminhonete VW Amarok prata, em alta velocidade, bateu de frente com uma Ford 350 verde.
Em seguida, o motorista da Ford 350 e um frentista ouviram barulhos de tiros e viram um homem saindo da Amarok e fugindo em direção ao Parque das Águas. Everton foi encontrado morto a tiros no banco do motorista da Amarok.
Ao mesmo tempo, uma mulher procurou a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher e comunicou que seu ex-marido havia entrado dentro de seu veículo com uma arma apontada para a cabeça de seu amigo, Everton, e o fez sair dirigindo em alta velocidade.
A mulher foi ouvida, contou sobre sua relação com o suspeito e disse que ela, a vítima e o suspeito haviam se encontrado na manhã do dia da morte em uma padaria, para conversar, mas que não imaginava que o ex-marido já havia premeditado o homicídio do amigo, Everton. Diante disso, o delegado Caio Fernando Alvares Albuquerque representou pelo mandado de prisão do suspeito, que estava foragido até esta segunda-feira (14.7), quando se entregou na DHPP.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil.
Benedito da costa
Terça-Feira, 15 de Julho de 2025, 09h52luis
Terça-Feira, 15 de Julho de 2025, 09h04Vila
Segunda-Feira, 14 de Julho de 2025, 23h28