O empresário do ramo de mecânica, Idirley Alves Pacheco, planejou e executou o assassinato do amigo, o ex-jogador de vôlei da Seleção Brasileira, Everton Fagundes Pereira da Conceição, conhecido como Boi, de 46 anos, motivado por ciúmes. Ele acreditava que Boi mantinha um relacionamento amoroso com a ex-esposa dele.
Idirley e a mulher estão separados há seis meses. A ex-esposa de Idirley possui, inclusive, uma medida protetiva contra ele, devido às ameaças que ele já teria feito.
Nos últimos dias, Idirley teria dissimuladamente mudado seu comportamento para se aproximar da ex-esposa e atrair o ex-jogador para uma armadilha. Boi foi morto dentro de uma Amarok, na Avenida Dr. Hélio Ribeiro, em Cuiabá, na noite desta quinta-feira (10).
A perícia preliminar indica que ele foi atingido por três a quatro tiros, sendo um deles na região das costas próximo à cabeça. A Polícia Civil já divulgou o cartaz de procurado do suspeito.
Informações sobre o paradeiro dele podem ser comunicadas pelos telefones (65) 3613-8770 / (65) 3613-8769, com garantia de sigilo. De acordo com o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Idirley já teria violado a medida protetiva em outra ocasião. Em depoimento, a ex-esposa de Idirley informou que já teria pedido a revogação ou concordou com a revogação da medida, alegando que ele teria parado de ameaçá-la.
Contudo, segundo o delegado, tudo parece indicar que essa mudança de comportamento foi uma estratégia para se reaproximar de Everton e cometer o crime. Ainda conforme o delegado, o suspeito, ao acreditar que a ex-mulher estaria tendo algum relacionamento com amigo do grupo, armou toda a cilada.
Marcou um encontro sob a justificativa de levar o filho do ex-casal a um determinado lugar para conversar também com Everton. "Acreditando que estaria havendo algum tipo de relacionamento afetivo entre a sua ex-mulher e esse amigo, ele armou toda essa cilada, esse ato de violência contra ele”, comentou Rogério Gomes, ao explicar que, na verdade, o ex-atleta tenta apaziguar a relação casal.
Durante o trajeto, o empresáiro pôs o plano em ação. "Pediu a ele um favor: que levasse a caminhonete, uma Amarok, para guardar em um local específico, convencendo Everton a assumir a função de motorista do veículo. Durante o deslocamento para o local para guardar o carro, o suspeito sacou uma arma, pediu para parar o veículo, mudou de posição, foi para o banco de trás e passou a ordenar que Everton dirigisse sob a mira da arma", explica.
Com 1,97 metro de altura, Everton atuou em times profissionais no Brasil, Espanha, Argentina e Japão, encerrando sua carreira em Cuiabá. Era de uma família tradicional de Várzea Grande.
Foi aluno dos colégios Adventista e Couto Magalhães, e seu pai foi o ex-goleiro do Operário, Fagundão. Segundo boletim de ocorrência da Polícia Militar, uma equipe que patrulhava as imediações do Posto Bom Clima avistou um acidente envolvendo uma caminhonete VW Amarok prata e uma Ford F-350 verde.
Ao se aproximar, os policiais constataram que o condutor da Amarok havia sido baleado. De acordo com informações de populares, o condutor da Ford F-350 afirmou que o autor dos disparos estava junto com Everton dentro da Amarok.
Após os tiros, o suspeito fugiu do local e entrou em outro veículo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) confirmou a morte de Everton. Ainda segundo o boletim, uma mulher compareceu à delegacia relatando que seu ex-esposo teria sequestrado seu “amigo”, Everton Fagundes Pereira da Conceição.
JOSEH
Sexta-Feira, 11 de Julho de 2025, 19h42willian
Sexta-Feira, 11 de Julho de 2025, 19h41