Polícia Terça-Feira, 11 de Junho de 2024, 11h:24 | Atualizado:

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MORTE EM FAMÍLIA

Ex-genro é condenado a 41 anos por matar investigador da PC em Cuiabá

Derli foi morto em chácara nas imediações da MT-251

Da Redação

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O autor do latrocínio de um policial civil aposentado, morto no ano passado em Cuiabá, foi condenado a 41 anos de prisão pelos crimes de roubo seguido de morte, homicídio tentado qualificado, ocultação de cadáver, porte ilegal de arma de fogo e apropriação indébita. A condenação soma penas impostas pelos crimes praticados contra o policial e contra sua esposa, vítima de tentativa de homicídio.

A sessão do tribunal do júri foi realizada nesta segunda-feira (10.06), no Fórum de Cuiabá. O investigador Derli José Alves foi morto aos 56 anos, em fevereiro do ano passado. A vítima foi assassinada pelo ex-genro, Hernandes Lima de Siqueira, 27 anos.

A pistola, que pertencia ao investigador aposentado e foi usada para matá-lo, tinha sido furtada meses antes pelo genro do policial. Já um revólver de calibre 38, que também era do policial, foi usado na tentativa de homicídio contra a companheira de Derli.

O investigador desapareceu noite do dia 21 de fevereiro da propriedade onde morava, no Parque Itaguaí, localizado na MT-251, na capital. A Polícia Civil foi acionada, inicialmente, para atendimento a uma ocorrência envolvendo o furto de uma camionete Hilux, que pertencia ao policial.

Um irmão da vítima informou à equipe da Delegacia de Homicídios da capital que foi avisado de que a cunhada dele tinha sido atingida por disparos de arma de fogo na chácara, socorrida e encaminhada ao hospital municipal. Antes de ser socorrida, a mulher do investigador aposentado conseguiu enviar áudios a familiares contando que na terça-feira ela foi até um barracão da propriedade e viu o genro do policial lavando as mãos sujas de sangue.

Quando perguntou sobre o que estava acontecendo, o homem fez disparos contra a mulher, a atingindo na cabeça, e ela desmaiou. Quando ela recobrou a consciência, o autor do crime havia fugido da chácara levando a caminhonete e pertences do policial.

Hernandes foi preso em flagrante depois de se apresentar na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá dois dias após o desaparecimento do policial e indicou o local onde havia deixado o corpo da vítima. O corpo de Derli foi localizado próximo à região do rodoanel, perto do Distrito do Sucuri.

Também foram localizadas as armas utilizadas no homicídio da vítima. Em interrogatório, o autor do crime declarou que foi ao sítio do sogro junto com um comparsa para ‘brigar’ com Derli devido a problemas anteriores e levou a pistola.

Ele alegou que a arma pertencia à vítima, porém, teria sido extraviada meses atrás, em um acidente de carro. Na ocasião, o indiciado foi ao local do acidente e se apropriou do armamento.

Quando o criminoso chegou ao sítio, começou a discutir com a vítima, que teria sacado o revólver contra o genro. Nesse momento, o comparsa de Hernandes teria feito disparos contra a vítima usando a pistola.

O genro do policial alegou ainda que, após os disparos, ficou no sítio e o comparsa foi embora. Em seguida, a esposa de Derli foi até o barracão e acabou sendo atingida pelo indiciado.

Na sequência, ele pôs o corpo do investigador na carroceria da caminhonete e seguiu sentido ao rodoanel de Cuiabá para ocultar o corpo. Depois, ele disse ter abandonado a caminhonete no bairro Osmar Cabral.

A DHPP fez diligências em um conjunto de quitinetes no bairro Parque Cuiabá, a fim de localizar o comparsa de Hernandes. No local, os policiais obtiveram informações de que o imóvel era, na verdade, ocupado pelos dois investigados, o genro do policial e o comparsa.

A investigação comprovou que houve o crime de latrocínio, uma vez que, após a execução da vítima e ocultação do corpo, a camionete foi deixada em um local de fácil localização e foi ‘esfriada’, a fim de ser vendida posteriormente. As diligências para localização do corpo do policial contaram com apoio de equipes da Derf Cuiabá e Gerência de Polinter e Capturas. 

Derli José se aposentou da Polícia Civil de Mato Grosso em junho de 2010. A última lotação dele foi na antiga Delegacia do Carumbé, no bairro Planalto.





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