Polícia Quinta-Feira, 23 de Julho de 2015, 10h:27 | Atualizado:

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VIVO NO NECROTÉRIO

Família vê falta de zelo e acionará prefeitura por erro no PS

 

TVCA

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Um dos filhos de Vitalino Ventura da Silva, o paciente do Pronto-Socoro de Cuiabá que foi enviado com vida ao necrotério da unidade, depôs à Polícia Civil nesta quarta-feira (22) e classificou o episódio ocorrido com seu pai de “um descaso com a vida”. Joilson Ventura da Silva é filho de Vitalino, de 58 anos, que na última sexta-feira sofreu paradas cardiorrespiratórias, foi dado como morto equivocadamente e enviado ao necrotério da unidade.

Ele morreu de fato na última segunda-feira, mas o procedimento equivocado está sendo investigado e uma médica do Pronto-Socorro (PS) já foi afastada. “É um descaso com a vida, não se trata de um objeto. As pessoas brincaram com a vida dentro de um hospital. Queremos que a situação seja explicada e que seja feita justiça”, declarou Joilson na tarde desta quarta-feira após depor à delegada Anaíde Barros, que conduz inquérito sobre o caso na Delegacia especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DEHPP). Joilson enfatizou que a família exige justiça em relação aos responsáveis pelo tratamento dispensado a seu pai no PS.

Sofrendo paradas cardiorrespiratórias na última sexta-feira, Vitalino chegou a ser reanimado, mas depois foi dado como morto e encaminhado ao necrotério do PS de Cuiabá. Entretanto, uma pessoa que passou pelo setor notou que o lençol sobre o corpo do paciente supostamente sem vida se movia devido à respiração de Vitalino. A situação foi gravada em vídeo.

Percebido o erro, a equipe do PS encaminhou Vitalino de volta à Sala Vermelha do PS, onde ele permaneceu até a noite de domingo, quando foi enviado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que ele morreu de fato na segunda-feira.

O corpo foi enviado ainda na segunda-feira ao Instituto Médico Legal (IML), que deverá emitir um laudo sobre a causa da morte. O velório e o sepultamento de Vitalino foram realizados na terça-feira.

De acordo com a delegada Anaíde Barros, o objetivo da investigação é verificar se o encaminhamento equivocado de Vitalino ao necrotério ocorreu por uma negligência da equipe que o atendeu e se este procedimento de alguma forma acelerou a morte do paciente, que já era considerado terminal. A filha e a esposa do paciente ainda serão ouvidas pela delegada.

A advogada da família, Rafaela Galeski, disse que deve mover uma ação civil contra o PS e contra a médica que atestou o óbito do paciente. “A família acredita que houve falta de zelo da médica em relação ao caso, e que, ela poderia te feito algo para prolongar a vida do Vitalino”, defendeu.

Segundo a advogada, para a família as condições do PS também não servem de justificativa para o ocorrido. “O hospital cheio de gente, a falta de medicamento, falta de suporte e equipamento, nada disso justifica”, enfatizou.

 





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