“Feminicida do CV” alega que matou ex após descobrir aborto em VG ; vídeo

 

Helder Lopes Araújo, de 23 anos, faccionado do Comando Vermelho (CV) e assassino confesso da ex-namorada namorada, Vitória Camily Carvalho Silva, de 22 anos, morta com quatro tiros no bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, afirmou que matou a jovem a tiros após descobrir que ela teria abortado o filho de seis meses que esperava. Ele foi preso em Rondonópolis (212 km de Cuiabá) enquanto fugia para Mato Grosso do Sul na companhia de um irmão, que também foi preso. 

Após ser preso e encaminhado para Cuiabá, onde a Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), conduz as investigações, ele alegou que a jovem teria praticado um abordo e por isso foi morta a tiros. "Ela abortou meu filho. Como não seria motivo para agir? Se fosse seu filho, você faria o mesmo," alegou o feminicida em entrevista ao site Olhar Direto.  Segundo o criminoso, o aborto teria sido realizado com o uso de medicação, aos seis meses de gestação, o que o levou a agir de forma violenta.

 

De acordo com o boletim de ocorrência, Vitória foi executada a tiros a tiros durante uma festa da irmã dela, no bairro Cristo Rei, na noite de sábado. Conforme as investigações, o assassino invadiu uma residência e disparou sua arma, atingindo tórax e cabeça da vítima, que não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Uma amiga de 20 anos também ficou na mira do atirador, que chegou apertar o gatilho, mas a arma falhou.

Ainda no local do crime, informações indicaram que Helder estaria ligado a uma facção criminosa e que havia fugido utilizando um veículo Strada. Com esses dados, equipes policiais ampliaram as buscas e contaram com o apoio de forças de municípios vizinhos, depois de saberem que o suspeito planejava seguir para o Mato Grosso do Sul.

Durante a madrugada de domingo, o Grupo de Apoio do 5º Batalhão de Rondonópolis realizou abordagens e verificações veiculares, localizando um Sandero com dois homens que se identificaram como irmãos. As investigações confirmaram que um dos ocupantes era o autor do feminicídio.

Em depoimento à PM, o suspeito confessou seu envolvimento com a facção Comando Vermelho e afirmou ter cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento. Helder também revelou que, após o ato, descartou a arma utilizada no rio Cuiabá.