Índios da etnia Tapirapé foram à porta da Promotoria de Porto Alegre do Norte, a 1.143 km de Cuiabá, nesta quarta-feira (14), durante uma reunião sobre o inquérito do professor indígena Daniel Kabixana, de 38 anos, vítima de latrocínio.
A reunião foi agendada pela promotora Rebeca Santana, após pedido de esclarecimento dos índios.
Segundo Rebeca, os índigenas chegaram em carrocerias de caminhões e acompanharam do lado de fora a reunião com líderes e familiares da vítima. O inquérito, segundo a promtora, já foi concluído.
"Foi tudo pacífico. Eles vieram com roupas típicas, com arco e flecha e ficaram do lado de fora até o fim da reunião", explicou a promotora. A Polícia Militar e a Polícia Civil acompanharam a movimentação.
Os índios já haviam protestado na frente da Delegacia de Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, local para onde os suspeitos do crime foram levados após serem presos.
Dois homens de e um adolescente foram detidos pelo assassinato e apontaram o local onde o corpo foi deixado. De acordo com a Polícia Civil, os três confessaram o crime e disseram que assassinaram o indígena a pedradas.
À polícia, eles confessaram que cometeram o crime para roubar R$ 20 da vítima e uma motocicleta. A Polícia Civil informou que solicitou um exame de DNA do corpo, que estava em estágio avançado de decomposição.
Daniel havia saído de casa para realizar um depósito bancário. O indígena trabalhava como professor de matemática na Aldeia Hawalorá, localizada em Santa Terezinha, a 1.329 km da capital, na mesma região do Baixo Araguaia.
Raimundo
Quarta-Feira, 14 de Fevereiro de 2018, 19h39