Polícia Quinta-Feira, 15 de Maio de 2025, 18h:09 | Atualizado:

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CRIME GRAVADO

Juiz mantém prisão de jovem trans por matar ex a facadas em MT

Magistrado citou falta de escrúpulos do feminicida

Da Redação

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Ricardo de Oliveira, homem trans de 20 anos, que matou a ex-namorada, Quitéria dos Santos Costa, de 29 anos, a facadas dentro de uma soverteria onde ela trabalhava em Lucas do Rio Verde (334 km de Cuiabá), teve prisão preventiva decretada pelo juiz Fábio Petemgill, da Vara Criminal de Lucas, durante uma audiência nesta quinta-feira (15). O crime de feminicídio foi praticado na tarde da última terça-feira (13) e o feminicida foi preso poucas horas depois, ainda em flagrante. 

O crime foi registrado pelas câmeras de segurança do local. Quitéria estava de costas quando Ricardo se aproximou e deu o primeiro golpe. Ela tentou se defender, virou o corpo, mas acabou sendo atingida mais algumas vezes. Ela caiu ao chão, e Ricardo fugiu de moto, uma Honda Fan 160 vermelha. Bombeiros foram chamados e levaram Quitéria ao hospital São Lucas, mas ela não resistiu e morreu ao chegar na unidade. 

Durante o depoimento, Ricardo contou que viveu um relacionamento com Quitéria por cerca de dois anos e que eles tinham se separado em novembro de 2024. Ele disse que tinha medo de que ela pudesse fazer algo contra ele ou a família, e afirmou que só “teria paz” se matasse Quitéria. Durante o depoimento, ele não demonstrou arrependimento pelo feminicídio, tentou culpar Quitéria  afirmando que a relação entre ele era abusiva e que a vítima tinha muito ciúmes e o agrediu fisicamente. Alegou ainda que a motivação do crime seria supostas ameaças feitas pela ex, que iria "infernizar" sua vida.

A defesa de Ricardo quer fazer uma avaliação psiquiátrica dele, para verificar se ele tinha problemas de saúde mental, já que acredita que alguns aspectos do comportamento dele podem indicar insanidade mental.

O juiz Fábio destacou na decisão que Ricardo é perigoso e que o crime foi premeditado. Conforme o magistrado, Ricardo trocou de roupa depois de cometer o crime e jogou as roupas usadas em uma região de mata. Depois, foi até a casa da mãe e conversou com ela normalmente, como se nada tivesse acontecido. Por esses motivos, o juiz decidiu que ele deve continuar preso preventivamente. “Circunstâncias que demonstram não apenas a clara tentativa da autuada de se furtar à responsabilização criminal, mas também sua atitude inescrupulosa. Diante do exposto, vislumbrando os requisitos autorizadores da prisão preventiva, converto a prisão em prisão preventiva", diz trecho da decisão.

 





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