O júri popular de um homem acusado de matar o próprio filho de 1 ano foi novamente adiado pela Justiça de Mato Grosso. O julgamento deveria ter ocorrido nesta quarta-feira (26), em Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá. No entanto, a defesa entrou com pedido de liminar para que o réu seja submetido a exames psiquiátricos e de tomografia antes de ser julgado. A defesa alega que o acusado, de 29 anos, possui insanidade mental e sustenta que há um coágulo no cérebro dele.
Na decisão, o desembargador Luiz Ferreira da Silva, da Terceira Câmara Criminal de Justiça de Mato Grosso, pontuou que não viu necessidade de fazer o exame, já que o acusado não demonstra qualquer anomalia ou dificuldade de expressão motora.
"Conforme seus próprios relatos, é uma pessoa que sempre trabalhou e estava trabalhando à época dos fatos, levando uma vida normal. Por essas razões, mantenho a realização do exame requerido para após a sentença de pronúncia", disse o magistrado no despacho. Contudo, aceitou que a avaliação médica fosse realizada.
O crime ocorreu em janeiro de 2012, após uma discussão com a mulher. A criança foi mantida refém pelo pai e morta em seguida com 12 golpes de canivete. A audiência tinha sido marcada em junho de 2013 e acabou sendo suspensa. Na época a defesa alegou que o réu corria perigo ao ser julgado na mesma cidade onde ocorreu o crime.
Atualmente o réu está detido na Cadeia Pública de Campo Novo do Parecis. O Ministério Público denunciou o réu pelos crimes de homicídio qualificado, resistência à prisão e ameaça. Em depoimento para a polícia, o pai explicou que não se lembrava do que tinha ocorrido e nem que havia matado o próprio filho.