Polícia Terça-Feira, 27 de Maio de 2025, 18h:25 | Atualizado:

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MÃOS DE FERRO 2

Líder de grupo vendia fotos de menores nuas na Web

 

YURI RAMIRES
Gazeta Digital

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OPERACAO MAOS DE FERRO.jpg

 

Um dos líderes do grupo que incitava automutilação, suicídio e outras práticas humilhantes na internet, adolescente de 15 anos e morador de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), vendia fotos e vídeos pornográficos das vítimas, que são menores de idade. Ao mês, ele lucrava até R$ 3 mil. 

Durante coletiva de imprensa da Operação Mãos de Ferro 2, deflagrada nesta terça-feira (27), o delegado Gustavo Godoy, da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), contou que a investigação descobriu que ele abriu uma conta bancária falsa, usando o nome de uma mulher. Era por essa conta que o líder recebia o dinheiro das imagens vendidas online, por meio de grupos no Telegram.

“Eram imagens vazadas dessas meninas, das vítimas, que ele vendia no ambiente virtual. Além disso, a gente constatou armazenamento desse conteúdo de pedofilia, imagens de nudez envolvendo menores”, disse.

Delegado destaca que, além da maldade, o grupo pensou em lucro. “A gente apurou que as fotos eram vendidas por R$ 5, R$ 10. Se ele vendesse, de repente, 10 por dia, ganha R$ 100. Em um mês, são R$ 3 mil. Um adolescente lucrando isso. Ele sabia que era errado, tanto que usava a conta aberta com documentos falsos”, disse.

O líder ganhava a confiança das vítimas, que conhecia online, trocavam “nudes” e, com base nisso, ele começava a extorquir as adolescentes. “Ele dizia que se elas não fizessem o que ele queria, ia divulgar as fotos para a mãe, para o pai, elas eram acuadas e coagidas a fazer esse tipo de conteúdo, se cortar, tomar água da privada e outros”, disse.

Godoy relembra ainda que, além do episódio que a jovem pega água da priva e beber, o grupo a fazia comer pedaços de papel que estavam escritos os nomes dos membros do grupo. O delegado titular da DRCI, Guilherme Berto Nascimento Fachinelli, ressaltou a importância da continuidade e do aprofundamento das ações repressivas contra este tipo de criminalidade.    

“A atuação integrada entre os estados e o Governo Federal tem sido fundamental para identificar e neutralizar redes criminosas que operam no ambiente digital, aliciando vítimas vulneráveis. Essa operação representa mais um avanço no enfrentamento de crimes cibernéticos, reforçando nosso compromisso com a proteção da infância e juventude e com a responsabilização daqueles que atentam contra direitos fundamentais por trás da aparente impunidade da internet”.  

A operação ocorreu de forma simultânea em 12 estados brasileiros, com a participação das Polícias Civis do Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Rio Grande do Sul, Sergipe e São Paulo. Ao todo, estão sendo cumpridos 22 mandados judiciais, incluindo busca e apreensão, prisão temporária e internação socioeducativa.  

As ações estão concentradas nos municípios de Manaus e Uruçará (AM); Mairi (BA); Fortaleza e Itaitinga (CE); Serra (ES); Sete Lagoas e Caeté (MG); Sinop e Rondonópolis (MT); Aquidauana (MS); Marabá, Barcarena, Canaã dos Carajás e Ananindeua (PA); Oeiras (PI); Lajeado (RS); São Domingos (SE); São Paulo, Guarulhos, Porto Feliz, Itu, Santa Isabel e Altair (SP).





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